
A cidade de Mogi das Cruzes, que normalmente vive seu ritmo tranquilo no interior paulista, se vê diante de um quebra-cabeça que está deixando todo mundo de cabelo em pé. Três mortes. Sete dias. E um ponto em comum que não sai da cabeça de ninguém: todas aconteceram dentro de motéis.
Parece até roteiro de série policial, mas é a realidade que a polícia tem que desvendar. A primeira morte, no dia 16 de setembro, foi de um homem de 56 anos. Dois dias depois, no dia 18, uma mulher de 42 anos. E para fechar a semana com um mistério ainda maior, no domingo, dia 22, outro homem, dessa vez de 62 anos, foi encontrado sem vida.
O que as investigações já descobriram?
Até agora, o que se sabe é que não houve—repito, não houve—sinais de violência nos dois primeiros casos. Nada de arma, nada de briga, nada que chamasse a atenção para um crime. A polícia trabalha com a hipótese de morte natural, mas, convenhamos, três casos seguidos no mesmo tipo de lugar mexe com a imaginação de qualquer um.
Já o último caso, do domingo, é diferente. Bem diferente. A perícia encontrou uma faca no local. Isso mesmo, uma faca. Mas aqui vem a reviravolta: os peritos acreditam que o homem pode ter tirado a própria vida. A arma estava próximo ao corpo, e não há indícios de que outra pessoa estivesse no quarto na hora do ocorrido.
E as vítimas? Quem eram?
Essa é uma das partes mais tristes dessa história toda. Duas das três pessoas já foram identificadas, mas os nomes ainda não foram liberados. A terceira, o homem de 62 anos, segue como um John Doe—como dizem nos filmes—à espera de que a família apareça para dar um rosto e uma história a essa tragédia.
Os motéis envolvidos? Dois já têm nome: o Motel Brisa do Vale e o Motel Sonho Meu. Lugares que, em um piscar de olhos, viraram cenário de algo muito maior do que um simples encontro.
O que ainda está no escuro?
Ah, a lista do que ainda falta esclarecer é longa. A principal pergunta que não quer calar: será que essas mortes estão conectadas de alguma forma? Coincidência existe, mas três em uma semana é de arrepiar.
- Laudos definitivos: Todos ainda dependem dos resultados dos exames toxicológicos e do laudo completo do IML. Só isso vai dizer com certeza a causa de cada morte.
- Relação entre as vítimas: Até agora, nada indica que essas três pessoas se conheciam ou tinham qualquer ligação. Mas a polícia não descarta nada.
- Câmeras de segurança: As imagens dos estabelecimentos e das redondezas estão sendo analisadas com lupa. Quem entrou, quem saiu, e em que horário.
O delegado responsável pelo caso foi direto: "Não podemos afirmar que há uma conexão, mas também não podemos ignorar a proximidade no tempo e no tipo de local". Ou seja, a investigação está só no começo.
Enquanto isso, Mogi das Cruzes fica naquele clima estranho, entre a curiosidade e o medo. Um mistério que, tenho certeza, vai dar muito o que falar.