O silêncio da madrugada foi quebrado por uma cena chocante. Na periferia de São Luís, capital do Maranhão, o corpo de uma jovem foi encontrado sem vida — três tiros na cabeça contavam uma história que ninguém gostaria de ouvir. O local? A beira de um lixão, onde o cheiro de lixo misturava-se ao ar pesado da tragédia.
Segundo testemunhas — que preferiram não se identificar, claro —, a vítima estava lá desde a noite anterior. Ninguém viu, ninguém ouviu. Ou será que simplesmente ninguém quis se envolver? A polícia chegou por volta das 6h, depois de um anônimo fazer a ligação. Nem mesmo os urubus, sempre presentes no local, pareciam estar acostumados com aquilo.
O que se sabe até agora?
Pouco. Muito pouco. A jovem, cuja identidade ainda não foi divulgada (a família precisa ser avisada primeiro, afinal), tinha entre 18 e 25 anos. Vestia roupas simples — um shorts jeans e uma blusa branca já marcada pela terra e, bem, pelo resto. Nada de documentos. Nada de celular. Só três projéteis e um mistério.
— É cedo para afirmar qualquer coisa — admitiu um delegado, que falou sob condição de anonimato. — Mas três tiros na cabeça? Isso não é um assalto, é uma execução.
O cenário: abandono e violência
O lixão, aliás, não é um detalhe menor. Fica numa região afastada, de acesso complicado até para as viaturas. Sem iluminação. Sem câmeras. Sem surpresas. Um lugar perfeito para quem quer… bem, você entende.
Moradores da região — quando resolvem falar — reclamam há anos da insegurança. "Aqui é terra de ninguém", disse um senhor, antes de fechar a porta rapidamente. Ele tem medo? Claro que tem. Quem não teria?
Enquanto isso, o IML levou o corpo para exames. Laudo deve sair em alguns dias, mas convenhamos: não é preciso ser perito para entender a causa da morte. A pergunta que fica é outra: quem faria algo assim? E por quê?
