
Era pra ser mais uma noite qualquer em Três Rios, mas o que aconteceu na Rua Doutor Mário de Almeida França vai ecoar por muito tempo. Por volta das 22h30 dessa segunda-feira (01), o silêncio do bairro São Sebastião foi quebrado por disparos. Muitos disparos.
Testemunhas – aquelas que ainda se atrevem a falar – contam que tudo foi rápido e brutal. Dois indivíduos chegaram, não se sabe se de carro ou a pé, e simplesmente começaram a atirar. Alvo certo: um jovem de 22 anos, que não teve qualquer chance de defesa.
A cena era de caos. Quando a Polícia Militar apareceu, encontrou o corpo da vítima ali mesmo, na calçada. Os paramédicos do Corpo de Bombeiros tentaram o impossível, mas era tarde demais. O que restou foram dezenas de cápsulas espalhadas pelo chão – prova material de uma violência que parece não ter fim.
Quem era a vítima?
Ele tinha apenas 22 anos. A polícia ainda não divulgou o nome, aguardando notificação da família. Mas uma coisa é certa: alguém, em algum lugar, sabia que ele estaria ali naquele exato momento. Isso não parece obra do acaso, não é?
O Departamento de Homicídios da Polícia Civil já assumiu o caso. Eles estão vasculhando câmeras de segurança da região e batendo de porta em porta. Mas, como sempre nessas horas, o medo cala bocas. Quem viu, com frequência, prefere não ter visto.
Um padrão preocupante
Três Rios, que fica na região do Médio Paraíba, vive dias tensos. Não é o primeiro caso desse tipo – e teme-se que não seja o último. A população, claro, está assustada. Como não ficar?
Às vésperas do feriado de 7 de setembro, o caso acende um alerta vermelho para as autoridades. A pergunta que fica, e que ninguém consegue responder direito, é: até quando?
Enquanto isso, a família chora a perda de um jovem que mal começou a viver. E a cidade se pergunta quando será a vez de respirar aliviada.