Era por volta das 22h30 de quinta-feira quando o silêncio da noite no Varadouro foi brutalmente interrompido por disparos. Não foram fogos de artifício, não — era violência pura, daquelas que deixam a comunidade em estado de choque.
Segundo testemunhas que preferiram não se identificar (quem pode culpá-las?), um homem ainda não identificado foi alvejado por pelo menos cinco tiros. Os projéteis atingiram o tórax e a região abdominal, num ataque que parece ter sido — desculpem a franqueza — executado com frieza.
O cenário do crime
A Rua João Lélis, especificamente no trecho entre os becos que só quem é da área conhece, virou palco de mais uma tragédia. A Polícia Militar chegou rápido, mas o estrago já estava feito. O homem, na faixa dos 30 anos — pelo menos é o que aparenta — já estava sem vida quando os socorros chegaram.
O que me deixa pensativo: será que foi briga de tráfico? Acerto de contas? Ou algo ainda mais banal, como uma discussão que escalou para o inacreditável? A verdade é que ninguém sabe ao certo, e o medo de falar é quase palpável.
A resposta das autoridades
A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, e digo logo — não vai ser fácil. Sem testemunhas dispostas a falar, sem câmeras de segurança na área (surpresa?), a investigação depende basicamente de provas materiais. Os peritos trabalharam no local até altas horas, recolhendo cápsulas de bala que podem — quem sabe? — levar aos executores.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde deve ser reconhecido por familiares hoje mesmo. Uma tarefa das mais dolorosas, imagino.
É triste, é revoltante, e pior — é cada vez mais comum. O Varadouro, que já foi tão vibrante, hoje vive sob a sombra constante da violência. Quando é que vamos acordar para isso?
