
Era pra ser mais um sábado qualquer de mutirão do INSS em Salvador, desses que a gente já conhece: filas imensas, gente cansada esperando horas por um atendimento. Mas o que ninguém esperava – nem em mil anos – era o que aconteceu por volta das 10h da manhã na agência do Instituto Nacional do Seguro Social no bairro de Pernambués.
Um homem, até agora não identificado, simplesmente invadiu o local carregando dois galões de gasolina. Dois! E não foi com intenção de abastecer o carro, não. Ele chegou gritando, ameaçando botar fogo em tudo. Imagina o desespero de quem estava lá?
Testemunhas contaram que o clima ficou pesado num piscar de olhos. Um senhor que preferiu não se identificar disse que «parecia cena de filme» – aquele tipo de coisa que a gente acha que nunca vai ver na vida real. Funcionários e segurados ficaram em pânico, claro. Quem não ficaria?
A intervenção rápida da PM
Por sorte – e muita sorte – a Polícia Militar chegou rápido. Os PMs conseguiram dominar o sujeito antes que a situação saísse totalmente do controle. Os galões de gasolina foram apreendidos, e o homem foi levado para a 12ª Delegacia Territorial (DT) para prestar esclarecimentos.
O que levou alguém a fazer uma coisa dessas? Bom, até onde se sabe, o indivíduo estava revoltado com a espera pelo atendimento. Revolta até que justificável, considerando as filas quilométricas que todo mundo conhece. Mas ameaçar incendiar um prédio cheio de pessoas? Isso é outro nível de desespero – ou de irresponsabilidade.
O aftermatch e a sensação de insegurança
Depois que a poeira baixou, o que ficou foi aquela sensação de «e se…». E se ele realmente tivesse colocado fogo? E se alguém tivesse se machucado? O INSS, por sua vez, emitiu uma nota repudiando o ocorrido e destacando que «não tolerará violência contra seus servidores ou segurados». Justíssimo.
Mas a pergunta que não quer calar: até onde a demora no atendimento – um problema crônico do INSS – pode levar pessoas a atitudes extremas? Não que isso justifique, claro. Nada justifica ameaçar vidas. Mas é algo que dá o que pensar sobre a pressão que o cidadão comum sofre com serviços públicos demorados.
O caso agora está nas mãos da polícia. Vamos ver o que vai acontecer com o homem – e, principalmente, que medidas vão ser tomadas para evitar que cenas assim se repitam. Porque uma coisa é certa: ninguém deveria ter medo de sair de casa para resolver seus direitos.