Era uma tarde como qualquer outra em Guariba — até deixar de ser. Por volta das 15h desta terça (5), o barulho seco de disparos transformou uma borracharia no Jardim Aeroporto em cena de crime. Detalhes? Chocantes.
Segundo testemunhas — que preferiram não se identificar, claro —, dois homens chegaram como furacão. Nem deram tempo do sujeito, um cara de 35 anos cujo nome a polícia ainda segura, entender o que rolava. Pum, pum, pum. Três tiros certeiros, e lá se foi mais uma vida na conta da violência que assola o interior paulista.
Câmeras não mentem
O vídeo que corre nos grupos de WhatsApp é de gelar a espinha. Mostra os criminosos, faces cobertas por capacetes, agindo com uma frieza que dá arrepios. Entram, executam, vazam. Tudo em menos de 30 segundos — eficiência macabra.
E sabe o que é pior? A polícia acredita que o cara já estava marcado. "Tinha passagem por tráfico", soltou um delegado que pediu pra não ser nomeado. Mas convenhamos: mesmo que fosse o pior dos bandidos, ninguém merece ter seu fim assim, feito bicho acuado.
Reação da vizinhança
Na rua, o clima é de quem já viu isso antes — e sabe que vai ver de novo. "Aqui virou terra sem lei", cospe Dona Maria, 62 anos, dona de um boteco ali perto. Ela, que já perdeu o medo de falar, conta que ouviu os disparos enquanto arrumava as cervejas na geladeira. "Nem me assustei mais", diz, com um cansaço que dói.
Enquanto isso, a PM faz o de sempre: diz que "investiga todos os ângulos" e que "não medirá esforços". Você conhece o script. O IML já levou o corpo, e a borracharia — cujo dono sumiu depois do ocorrido — amanheceu com aquela fita amarela sinistra que virou paisagem urbana.
