Era pra ser mais uma noite tranquila na Zona Norte de Ribeirão Preto, mas o que deveria ser um momento de descontração se transformou num pesadelo. Por volta das 22h30 de quarta-feira (20), um homem de 28 anos—cuja identidade a polícia ainda segura pra não atrapalhar as investigações—foi surpreendido por criminosos enquanto descansava num campinho de futebol, na Rua Antônio Pavan, quase esquina com a Alameda das Acácias.
Segundo as primeiras informações que circularam entre os agentes, a vítima levou nada menos que doze tiros. Doze. Uma brutalidade que chocou até os investigadores mais experientes. A cena era dantesca: o corpo caído no chão de terra, a escuridão da noite interrompida pelas luzes piscantes dos viaturas, e o silêncio pesado que só quem já viu uma cena dessas sabe como é.
Testemunhas—que preferiram não se identificar, e é fácil entender o motivo—contaram que ouviram os disparos, mas não viram os executores. Ninguém viu. O medo falou mais alto, como quase sempre acontece nesses casos. A PM chegou rápido, chamou o SAMU, mas era tarde demais. Nada a fazer.
Não foi assalto, foi ajuste de contas
Tudo indica—e a polícia já trabalha com essa linha—que se tratou de uma execução. Um acerto de contas típico do mundo do crime. A vítima já era conhecida das autoridades, o que reforça a tese de que o crime teve motivação específica. Nada de roubo, nada de briga casual. Foi frio, calculado e violento.
O delegado plantonista não deu muitos detalhes—afinal, as investigações mal começaram—, mas adiantou que a perícia vai trabalhar com o que sobrou: as cápsulas deflagradas no local, possíveis imagens de câmeras de segurança da região, e o depoimento de quem teve coragem de ver algo.
Enquanto isso, a cidade—que vive se dividindo entre a agitação dos negócios e a violência que insiste em aparecer—acorda mais uma vez com a notícia de que a morte bateu à porta onde menos se esperava: num lugar de lazer, onde crianças brincam durante o dia.
