O que era para ser mais uma noite tranquila no centro de Natividade da Serra se transformou em cenário de horror. Por volta das 21h desta sexta-feira, dois homens—cujas identidades ainda não foram divulgadas—foram brutalmente executados a tiros. E não foram disparos isolados: testemunhas relatam uma sequência interminável de estampidos, algo entre 15 a 20, que ecoou pelas ruas escuras e paralelepípedos antigos.
O cenário era dantesco. Os corpos ficaram estirados na calçada, enquanto a polícia—que chegou rapidamente—tentava entender o que diabos havia acontecido. Ninguém ouviu discussão anterior, nem briga, nem nada que prenunciasse tamanha violência. Simplesmente começou a tiroteio, do nada, como um raio em céu azul.
O silêncio que fala mais alto
Até agora, a Polícia Militar não tem pistas sólidas sobre os executores—nem motivação. Os carros da PM patrulham a região com mais frequência, mas a verdade é que o clima na cidade mudou. Quem mora aqui não está acostumado com esse nível de violência, muito menos no coração do município.
Os peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local até altas horas, recolhendo cápsulas e tentando reconstruir a cena. Foram encontrados mais de 20 projéteis de calibres diferentes—o que sugere, possivelmente, mais de um atirador. Uma carnificina planejada, calculada, e com alvo certo.
E agora?
O Departamento de Homicídios de Taubaté assumiu o caso—e a pressão é grande. Afinal, não é todo dia que uma cidade pacata como Natividade da Serra vira palco de algo tão… cru. A população está assustada, e com razão. Quando a violência chega assim, de supetão, a sensação de insegurança gruda na pele.
Se havia dúvidas sobre a escalada da criminalidade no interior paulista, elas se dissiparam junto com a fumaça dos disparos. E enquanto a investigação corre—ou não—contra o tempo, duas famílias choram seus mortos. E uma cidade inteira se pergunta: quem será o próximo?
