
Era para ser mais um dia comum no bairro Buenos Aires, na Zona Sul de Teresina. Mas o que devia ser rotina transformou-se em cena de crime — uma daquelas que a gente nunca espera encontrar tão perto de casa.
Por volta das 10h30 desta sexta-feira (20), um homem — até agora não identificado — foi encontrado sem vida em meio a um matagal. A descoberta, feita por populares, acionou imediatamente a Polícia Militar. O local, de difícil acesso e pouca circulação, rapidamente foi isolado.
E aí, o que se sabe até agora? Pouco. E muito, ao mesmo tempo.
O corpo estava em avançado estado de decomposição — um indicativo de que a morte pode ter ocorrido há alguns dias. Nada de documentos. Nada que pudesse contar sua história ali, naquele momento final.
O trabalho pericial no local
A perícia técnica chegou rapidamente. Fotografias, medições, coleta de vestígios… Tudo minuciosamente registrado. Cada folha revirada, cada pedaço de solo examinado pode ser a peça que falta nesse quebra-cabeça macabro.
Não havia sinais de violência aparente? Talvez. Mas é cedo para dizer. A ausência de um rosto reconhecível ou de marcas visíveis não significa ausência de crime. A verdade — essa danada — às vezes se esconde nos detalhes mais ínfimos.
E agora?
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Lá, a autópsia tentará responder o que a cena silenciou: causa da morte, identidade, tempo aproximado do óbito. Enquanto isso, a políde trabalha com duas frentes:
- Busca por desaparecidos que possam coincidir com a descrição
- Investigação de possíveis testemunhas ou câmeras de segurança na região
Alguém sumiu. Alguém sabe de algo. Alguém sempre sabe.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios — porque, convenhamos, morte suspeita em matagal não é exatamente natural, não é mesmo?
E a cidade, que ontem seguia sua vida normal, hoje para pra pensar: quantos segredos ainda estão escondidos sob o sol quente do Piauí?