
Era para ser mais um dia comum na Zona de Expansão de Aracaju, mas o que foi encontrado na manhã desta terça-feira, 2, é coisa de pesadelo. Um homem, carbonizado, com as mãos amarradas para trás. A cena, de uma brutalidade que choca até os mais experientes, foi descoberta por populares por volta das 7h30, num terreno baldio da Rua C, no Conjunto Eduardo Gomes.
A polícia chegou rápido, isolou a área, mas o estrago já estava feito. O cheiro, forte e adocicado da morte, deixava claro que aquilo não era acidente. As mãos atadas gritavam 'execução'. O corpo estava em avançado estado de decomposição, carbonizado – um trabalho meticuloso e cruel de alguém que quis apagar qualquer rastro.
Quem era ele? Essa é a pergunta de um milhão de dólares que a Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) tenta responder agora. Sem documentos, sem identidade, apenas um homem que terminou seus dias na mais absoluta violência. O IML já levou o corpo para os procedimentos de praxe, na esperança de que a perícia possa encontrar uma pista, uma digitária, qualquer coisa que leve a um nome.
Um silêncio que diz tudo
Os moradores da região, assustados, falam pouco. Quem viu, não viu. Quem ouviu, não ouviu. O medo é um muro alto. Mas alguns, em off, comentam sobre a escalada da violência na área, de coisas que não são mais o que costumavam ser. A Polícia Civil, é claro, mantém o protocolo: investiga todas as possibilidades, mas não descarta nada – especialmente a hipótese de homicídio.
É um daqueles casos que nos fazem pensar. O que leva uma pessoa a cometer tamanha barbárie? E o que estamos fazendo, como sociedade, para que cenas como essas não se tornem rotina? Enquanto isso, uma família em algum lugar não sabe que perdeu um ente querido. E Aracaju acorda mais uma vez com a notícia de um crime que mancha a cidade.