
Nada como um dia após o outro, não é mesmo? Só que para um garoto de 17 anos em Campinas, a terça-feira (2) foi daquelas que mudam completamente uma trajetória. A PM prendeu o adolescente depois que ele resolveu fazer uma "maratona" criminal pela cidade — e olha, a coisa não acabou bem para ele.
Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade. Tudo começou por volta do meio-dia, no Jardim Florence. O plano? Roubar um carro. E não era qualquer um: um Fiat Argo, prata, ano 2022. O dono do veículo estava distraído, nem viu quando o adolescente se aproximou e, de repente, partiu para a ação.
Mas aí a história toma um rumo ainda mais ousado. Com o carro nas mãos — ou melhor, nas chaves — o jovem não fugiu para casa. Em vez disso, foi direto para o Centro. Parou em uma farmácia na Avenida Francisco Glicério e, lá dentro, anunciou o assalto. Levou dinheiro do caixa e, claro, sumiu de cena rapidamente.
E a sequência não para
Pouco tempo depois, já na região do Cambuí, o mesmo Fiat Argo parou de novo. Dessa vez, o alvo era um pedestre. O adolescente teria ameaçado a vítima e levado pertences pessoais. Tudo isso em plena luz do dia, um verdadeiro ato de audácia — ou de completa falta de noção.
Mas é aquela velha história: quanto mais alta a bola, mais feio é o tombo. A Polícia Militar já estava com informações sobre os crimes e, não demorou muito, localizou o carro — ainda com o adolescente dentro — na Avenida John Boyd Dunlop, no Parque Industrial.
"A gente não esperava que fosse alguém tão novo envolvido numa sequência dessas", comentou uma fonte que acompanhou a ação. "Mas hoje em dia, infelizmente, nada mais me surpreende."
O adolescente foi levado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Deca), onde o caso segue em investigação. O carro foi recuperado e devolvido ao dono. Agora, a Justiça vai decidir quais medidas serão tomadas em relação ao jovem.
Uma situação dessas faz a gente pensar: o que leva um garoto dessa idade a cometer crimes tão ousados, um atrás do outro? Falta de oportunidade? Influência? Pura impulsividade? Difícil dizer. O que sabemos é que a onda de violência em Campinas — assim como em outras grandes cidades — não escolhe idade, e tampouco parece dar trégua.