Um silêncio pesado desceu sobre a PB-073, na altura do município de Jacaraú, Litoral Norte da Paraíba, na madrugada deste domingo (15). Foi ali, naquela rodovia escura e silenciosa, que a vida do vereador Francisco das Chagas Silva, de 55 anos — conhecido por todos como Chaguinha —, foi brutalmente interrompida. Uma cena de partir o coração, daquelas que a gente nunca esquece.
Por volta das 6h30, quem passava pelo local deparou-se com o impensável: o corpo do político, já sem vida, jogado à margem da estrada. Os primeiros socorros, do SAMU e do Corpo de Bombeiros, foram acionados num frenesi, mas… era tarde demais. Só restava confirmar o óbito.
E os detalhes são de cortar o coração. A Polícia Militar, ao chegar, não teve dúvidas: os ferimentos no corpo do vereador não deixavam margem para acidente. Era violência pura, intencional. A perícia técnica, que esteve no local até as 11h da manhã, recolhendo cada fragmento de prova, cada vestígio, confirmou a suspeita inicial. Eles tratam o caso, desde o primeiro momento, como homicídio. Alguém, ou alguns, quiseram Chaguinha morto.
O Homem Por Trás do Cargo
Chaguinha não era apenas um nome na câmara municipal. Era um homem da comunidade, um desses políticos que a gente encontra na padaria, no bar da esquina. Ele representava o povo de Jacaraú com uma dedicação que raramente se vê hoje em dia. Sua morte não é só a perda de um servidor público; é um baque para todo mundo que acreditava no seu trabalho.
O que terá levado a isso? Essa é a pergunta que não quer calar. A motivação por trás de um crime tão brutal ainda é um quebra-cabeça completo para os investigadores. Eles não descartam absolutamente nada — conflitos políticos, questões pessoais, intrigas… Tudo está em cima da mesa. A Delegacia de Homicídios de Mamanguape já assumiu as rédeas do caso, prometendo deixar nenhuma pedra sem virar.
Uma Comunidade em Luto e em Estado de Choque
Em Jacaraú, a notícia correu como um rastilho de pólvora. O choque, a incredulidade. Como é que algo assim acontece aqui, no nosso quintal? O prefeito, visivelmente abalado, emitiu uma nota de pesar, falando da "perda irreparável" e da "tragédia que enluta toda a nossa cidade". As redes sociais estão inundadas de mensagens de amigos, familiares e eleitores — uma mistura de dor, raiva e uma pergunta que ecoa: por quê?
O corpo de Chaguinha foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) da Capital, João Pessoa, onde será submetido ao exame de necropsia. É esse laudo que, espera-se, vai ajudar a desvendar o método e, quem sabe, apontar para os autores dessa barbárie.
Enquanto isso, a Polícia Civil pede. Pede para que qualquer pessoa — sim, qualquer uma — que tenha visto algo anormal na PB-073 na madrugada de domingo, ou que possua qualquer informação, por mais insignificante que pareça, que entre em contato. Disque 181, o Disque-Denúncia. O anonimato é garantido. Às vezes, o menor dos detalhes é a peça que falta para fechar esse quebra-cabeça macabro e trazer um pouco de justiça para quem ficou.
