
O que era para ser mais um capítulo na turbulenta cena política brasileira acabou virando manchete no mundo inteiro. A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro — sim, aquele que nunca sai do radar — pegou fogo nos noticiários internacionais como um rastilho de pólvora.
De repente, correspondentes estrangeiros que mal sabiam pronunciar "Moro" direito agora dissecam cada movimento da PF como se fosse um episódio de House of Cards tropical. A BBC, The Guardian, El País — todos com aquela mistura de fascínio e perplexidade que só o Brasil sabe provocar.
Os holofotes globais
Não é todo dia que uma operação policial no Brasil vira trending topic em Washington, Paris e Tóquio. Mas quando o alvo veste a faixa presidencial (ou vestiu, no caso), a coisa muda de figura. Os âncoras internacionais parecem ter descoberto um novo esporte: tentar explicar o inexplicável da política brasileira para seus telespectadores.
"É como assistir a um jogo de xadrez onde as peças mudam de lugar sozinhas", comentou um analista da CNN International, num daqueles momentos em que a metáfora quase faz sentido.
E as redes sociais?
Ah, as redes! Se aqui já estava um pandemônio, imagine no exterior. Hashtags em cinco idiomas diferentes, memes que nem sempre traduzem bem, e aquela legião de especialistas de sofá que de repente viraram conhecedores da Constituição brasileira.
O que mais chama atenção — e isso é inegável — é como o caso escancara a polarização que não conhece fronteiras. De um lado, os que veem "finalmente justiça sendo feita"; do outro, os que gritam "perseguição política" em uníssono. O meio-termo? Bem, esse parece ter ido passear.
Enquanto isso, nas redações pelo mundo afora, editores se perguntam: até quando essa história vai render? A julgar pela trajetória recente, provavelmente até a próxima tempestade política — o que, no ritmo brasileiro, deve ser lá pela próxima terça-feira.