
Eis que uma operação conjunta sacode a política maranhense nesta quarta-feira (21) — e o alvo principal não é qualquer um. Leo Cunha, prefeito de uma cidade que preferimos não nomear ainda, teve parte considerável de seus bens apreendidos. A justiça agiu rápido, e a poeira ainda não baixou.
O cerco judicial, batizado de Operação Merenda na Mesa, investiga um suposto esquema de desvios de recursos públicos que deveriam estar alimentando a educação local. E estamos falando de valores que beiram os milhões, gente. Dinheiro que sumiu dos cofres públicos como se fosse fumaça.
O que a PF encontrou
De acordo com as investigações — que já rolam há meses, em segredo de justiça —, o modus operandi envolvia superfaturamento em licitações de merenda escolar. Fornecedores fantasma, notas frias e contratos suspeitos. Tudo muito criativo, mas nada legal.
Não foi pouco: três mandados de busca e apreensão e cinco de sequestro de bens foram executados só nesta manhã. Imóveis, veículos e contas bancárias linkeditas ao prefeito e a aliados estão agora sob o olhar da lei.
E o prefeito?
Leo Cunha, até o fechamento desta matéria, não se pronunciou publicamente. Seu assessoria soltou a usual nota de “surpresa” e “total disposição para colaborar” — você conhece o roteiro.
Mas a situação é séria. O Ministério Público Federal já adiantou que pedirá a quebra de sigilo bancário e fiscal de todos os envolvidos. E olha, a lista não é curta.
Por trás da operação, estão o MPF, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal. Um trio que, quando aparece, normalmente não erra o alvo.
Agora é esperar. O processo corre em segredo de justiça, mas os furos de informação já começam a vazar. E a pergunta que fica é: quantos outros “Leos” existem por aí?