
A Polícia Federal (PF) realizou, nesta semana, audiências com os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro como parte das investigações sobre supostos contatos entre o político e integrantes de grupos milicianos.
Segundo fontes próximas ao caso, os depoimentos buscam esclarecer a natureza dessas ligações e se houve troca de informações ou benefícios mútuos. A apuração faz parte de um inquérito mais amplo que analisa a atuação de milícias no Rio de Janeiro e possíveis conexões com figuras políticas.
O que se sabe até agora?
Os advogados de Bolsonaro foram convocados para prestar esclarecimentos sobre:
- Comunicações entre o ex-presidente e suspeitos de envolvimento com milícias;
- Reuniões e encontros que possam indicar coordenação de atividades;
- Possíveis vantagens ou acordos entre as partes.
Até o momento, não há confirmação de que Bolsonaro tenha participado diretamente de atividades ilícitas, mas a PF busca reconstruir a rede de relacionamentos que pode ligá-lo a investigados.
Próximos passos
A expectativa é que, após colher os depoimentos, a PF avalie se há indícios suficientes para:
- Ampliar o inquérito;
- Chamar novas testemunhas;
- Ou até mesmo pedir a quebra de sigilos.
O caso tem gerado grande repercussão política, especialmente em um momento de polarização no país. Enquanto aliados de Bolsonaro classificam as investigações como perseguição, críticos defendem que a apuração siga seu curso para esclarecer os fatos.