
O que parecia ser apenas mais um caso de má gestão financeira ganhou contornos dramáticos nesta segunda-feira. A Polícia Federal — aquela que não costuma bater palma para ladrão — escancarou nas investigações um fio condutor que liga um contador, atualmente sob as lupas da justiça, a um senador com mandato ativo no Distrito Federal.
Detalhes? Ah, temos de sobra. Segundo documentos sigilosos que vazaram como água entre os dedos, o profissional das planilhas teria atuado como "arquiteto financeiro" em um esquema que redirecionava recursos públicos como se fossem peças em um jogo de xadrez malicioso.
O modus operandi que envergonharia até os mais criativos
Não foi nada sofisticado, mas funcionou por um bom tempo — como geralmente acontece nesses casos. As emendas parlamentares, aquelas que deveriam irrigar projetos sociais, eram desviadas através de:
- Empresas-fantasma com CNPJs mais fictícios que roteiro de novela
- Notas fiscais frias que dariam calafrios até em contador aposentado
- Laranjas tão expostos que pareciam estar em feira livre
E o senador? Bom, segundo um delegado que preferiu não ter seu nome estampado — quem pode culpá-lo? —, as digitais do político aparecem em "conversas que não deixam margem para interpretações benevolentes". Coincidência? Difícil acreditar.
O que esperar agora?
O Ministério Público já está com os dentes afiados — e dessa vez parece que não vão morder apenas os peixes pequenos. Com a delação premiada de um dos envolvidos (sim, aquele clássico momento "salve-se quem puder"), a expectativa é que novos nomes surjam como cogumelos após a chuva.
Enquanto isso, no Congresso, o silêncio é ensurdecedor. Alguns colegas do senador em questão já começaram a "reescrever a memória" sobre eventuais parcerias políticas. Conveniente, não?