
Brasília não para de ferver — e dessa vez o caldeirão político transbordou. Enquanto os holofotes estavam voltados para as articulações do Congresso sobre a polêmica anistia a condenados pelo STF, a Polícia Federal decidiu entrar em cena com uma operação que deixou muita gente de cabelo em pé.
O alvo? Nada menos que o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), mais conhecido como Do Val. Segundo fontes próximas ao caso, os agentes bateram à porta do parlamentar de surpresa, como quem não quer nada, mas com mandado na mão. Detalhe: tudo isso antes das 6h da manhã, horário em que até os políticos mais trabalhadores ainda estão no primeiro café.
O que a PF quer com Do Val?
Pois é, a pergunta que não quer calar. Oficialmente, a operação investiga supostos crimes de... (adivinhe?) — corrupção e lavagem de dinheiro. Surpresa zero, diriam os cínicos. Mas o timing? Esse sim, cheira a estratégia política.
Enquanto isso, no Congresso, a bancada governista trabalha a todo vapor para aprovar o projeto que pode anistiar condenados pelo Supremo — incluindo, pasmem, o próprio Do Val. Coincidência? O Palácio do Planalto garante que não tem nada a ver com a história, mas em Brasília, como dizem os mais experientes, não existe coincidência, só consequência.
O jogo de xadrez político
Analistas ouvidos sob condição de anonimato — porque em Brasília até as paredes têm ouvidos — sugerem que a operação pode ser um recado claro: "O STF não vai baixar a guarda". Enquanto isso, o Planalto parece jogar no time oposto, pressionando pela tal anistia.
E o povo? Ah, o povo assiste a tudo como quem vê novela — entre uma conta de luz e outra. Resta saber quem vai levar a melhor nesse cabo-de-guerra institucional que, convenhamos, está longe de acabar.