
A Polícia Federal (PF) identificou mais de 60 mil consultas ilegais realizadas pela chamada 'Abin paralela' entre os anos de 2019 e 2021. As investigações revelam um esquema de monitoramento irregular que teria sido utilizado para fins políticos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo as apurações, o sistema foi utilizado para acessar dados sigilosos sem autorização judicial, violando a privacidade de cidadãos e possivelmente servindo para perseguição de adversários. A PF já apontou indícios de que o esquema operava dentro da própria Agência Brasileira de Inteligência (Abin), mas à margem da estrutura oficial.
Como funcionava o esquema?
De acordo com os investigadores, a 'Abin paralela' utilizava ferramentas tecnológicas sofisticadas para coletar informações sem o devido respaldo legal. Entre as práticas identificadas estão:
- Acesso não autorizado a bancos de dados governamentais
- Monitoramento de comunicações privadas
- Rastreamento de localização de pessoas sem mandado judicial
Impactos e próximos passos
O caso já é considerado um dos maiores escândalos de violação de privacidade na história recente do Brasil. A PF continua as investigações para identificar todos os envolvidos e as motivações por trás das ações. Especialistas em direito digital alertam para os riscos à democracia quando órgãos de inteligência são usados para fins políticos.