
Era pra ser mais um dia normal no plenário da Câmara, mas alguém esqueceu de avisar ao deputado André Fernandes (PL-CE) — ou melhor, ao seu alter ego "Pavão". O parlamentar, que já ficou famoso por suas performances excêntricas, protagonizou cenas dignas de reality show durante sessão nesta quinta-feira (18).
Do outro lado do ringue — porque debate mesmo foi o que menos houve —, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que anda se autointitulando "reborn". Sim, você leu certo. O termo, que normalmente remete a bonecos hiper-realistas, virou autodenominação política.
A faísca que acendeu o pavio
Tudo começou quando Pavão resolveu cutucar a onça com vara curta. "O senhor não é reborn, é retrógrado!" — soltou, num daqueles momentos em que a boca fala antes do cérebro processar as consequências.
O "reborn" não gostou nem um pouco. E quem é que gostaria? A resposta veio na mesma moeda, com direito a acusações de "palhaço" e "circense". A discussão rapidamente escalou para algo que lembrava mais uma briga de torcidas organizadas do que um debate parlamentar.
Quando as palavras não bastam
Os ânimos se exaltaram tanto que colegas precisaram segurar os ânimos — literalmente. Um tentou separar, outro gritou, um terceiro ameaçou chamar a polícia. E chamaram mesmo.
A Polícia Legislativa apareceu como aquela tia que chega pra apartar briga de irmãos. Dois agentes entraram em cena, mas felizmente não precisaram usar nada além da autoridade moral. A sessão foi suspensa por quase meia hora — tempo suficiente pra todo mundo tomar um cafezinho e baixar a adrenalina.
O que fica do espetáculo
Depois da tempestade, veio aquele silêncio constrangedor de quem sabe que passou dos limites. Os dois protagonistas se acalmaram, mas o clima continuou pesado. "Isso aqui tá virando circo", resmungou um deputado mais velho, enquanto arrumava seus papéis com ar de decepção.
No final das contas, o que deveria ser discussão política virou espetáculo de mau gosto. E você, leitor, deve estar se perguntando: cadê o trabalho sério que a gente tanto precisa? Pois é... às vezes até os parlamentares parecem se esquecer disso.