
Eis que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu cutucar o vespeiro. Num daqueles movimentos que deixam Brasília em pé de guerra, ele abriu uma investigação para apurar se houve uso de informação privilegiada no famigerado caso do "Tarifaço".
Não é brincadeira não. A coisa é séria. Segundo fontes que acompanham o caso, a suspeita é que dados sigilosos sobre o reajuste das tarifas de energia vazaram antes da hora — e alguém pode ter lucrado com isso. Convenhamos, não seria a primeira vez, né?
O que está em jogo?
O cerne da questão é simples (ou não):
- Informações confidenciais sobre aumentos tarifários
- Possível antecipação do mercado a essas mudanças
- Indícios de que alguém "fuçou" onde não devia
Moraes, que não é exatamente conhecido por fazer corpo mole, determinou que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) coloquem as luvas de borracha e vão a campo. O prazo? 30 dias para apresentar resultados. Parece pouco, mas na política 30 dias podem render histórias pra um livro inteiro.
O timing é tudo
Curiosamente — ou não — a investigação começa num momento em que o governo tenta emplacar seu pacote econômico. Coincidência? Difícil dizer. Mas como diria meu avô, "quando a esmola é demais, o santo desconfia".
O que sabemos até agora:
- Há indícios de movimentação atípica no mercado antes dos anúncios oficiais
- Autoridades reguladoras estão sob os holofotes
- O caso pode ter ramificações políticas imprevisíveis
Numa capital onde informação é moeda forte, esse tipo de investigação costuma fazer barulho. E quando o assunto é energia — um dos setores mais sensíveis da economia — o estrago pode ser grande.
Fica a pergunta no ar: será que vamos descobrir quem estava com a mão na massa, ou isso vai acabar na gaveta dos "casos insolúveis"? Só o tempo — e talvez o ministro Moraes — dirão.