Deputado Kataguiri é denunciado por racismo contra indígena Xacriabá — Caso vai ao Conselho de Ética
Kataguiri denunciado por racismo contra indígena Xacriabá

Era um dia como qualquer outro nas redes sociais — até que a postagem de Kim Kataguiri detonou uma bomba racial. O alvo? Um jovem indígena da etnia Xacriabá, que agora resolveu não ficar calado.

O deputado, conhecido por suas polêmicas, talvez não esperasse que sua fala atravessaria a tela do celular e viraria um processo formal no Conselho de Ética da Câmara. Mas aconteceu. E como!

O estopim

Tudo começou com uma discussão online sobre demarcação de terras. Kataguiri, num daqueles momentos em que o teclado parece mais rápido que o cérebro, soltou uma pérola que escorregou direto para o terreno do racismo. O indígena, que prefere não ter o nome divulgado (e quem pode culpá-lo?), não engoliu a afronta.

"É sempre a mesma história", disse ele em entrevista. "Acham que podem nos tratar como se fôssemos cidadãos de segunda classe. Dessa vez, decidi quebrar o silêncio."

O processo

O Conselho de Ética agora tem nas mãos um caso que mistura política, direitos indígenas e aquela velha questão que o Brasil insiste em não resolver: o racismo estrutural. Os advogados do jovem Xacriabá montaram um dossiê com prints, vídeos e testemunhas — parece que Kataguiri vai ter trabalho para se explicar.

Entre os parlamentares, o clima é de tensão. Alguns aliados do deputado já começaram a murmurar sobre "exagero" e "politicamente correto". Outros, porém, sabem que esse tipo de defesa não cola mais em 2024.

O que mais choca? O fato de que, mesmo depois de tantos casos parecidos, alguns políticos ainda não aprenderam que redes sociais não são terra sem lei. Principalmente quando se trata de ofender minorias.

E agora?

O Conselho tem 30 dias para decidir se aceita a representação. Se seguir adiante, Kataguiri pode enfrentar desde uma advertência até a perda do mandato — embora ninguém acredite muito nessa última possibilidade.

Enquanto isso, nas aldeias Xacriabá, a comunidade acompanha o caso com atenção. "Não é sobre mim", diz o jovem indígena. "É sobre todos nós que ainda precisamos provar que somos humanos."

O recado está dado. Resta saber se o sistema político vai ouvir.