General Paulo Sergio tentou frear Bolsonaro em supostos planos golpistas, revela defesa
General tentou frear Bolsonaro em planos golpistas

Eis que surge uma daquelas reviravoltas que deixam até os mais céticos de queixo caído. Pelas mãos de seus advogados, o General Paulo Sergio de Oliveira Brito — aquele mesmo que responde por supostos envolvimentos em conversas golpistas — agora se apresenta não como conspirador, mas como... freio de arrumação.

Sim, você leu certo. Num movimento que mistura coragem e estratégia jurídica, a defesa do militar entregou ao Supremo Tribunal Federal um documento de 12 páginas que joga uma luz totalmente nova sobre o caso. E que luz!

O "Freio" do Palácio do Planalto

Segundo a narrativa construída pelos advogados — e olha, é uma narrativa e tanto —, o general teria sido aquele sujeito chato que sempre pisa no freio quando alguém resolve acelerar demais. Só que, no caso, a aceleração era em direção ao abismo democrático.

O documento é cristalino: Brito "sempre agiu no sentido de desestimular e demover o então Presidente da República de eventuais iniciativas contrárias ao Estado Democrático de Direito".

Traduzindo para o português de cada dia: enquanto alguns queriam empurrar Bolsonaro para o precipício autoritário, nosso general fazia força na direção contrária. Puxava a brasa pra sardinha da democracia, por assim dizer.

Reuniões Explosivas e o Papel do General

Lembram daquela reunião ministerial de julho de 2022? Aquela que deixou todo mundo de cabelo em pé? Pois é. A defesa agora garante que, longe de ser o vilão da história, Brito era praticamente o voice of reason na sala.

Enquanto vozes mais exaltadas defendiam medidas radicais — daquelas que fazem a Constituição tremer nas bases —, o general teria sido a contraparte sensata. O chão de realidade num debate que, pelo visto, perdia altitude rapidamente.

Não é todo dia que um militar acusado de golpismo vem a público dizer que, na verdade, tentava evitar o golpe. O que me faz pensar: será que estamos diante de uma revisão histórica ou de uma jogada jurídica brilhante?

As Provas que Prometem Virar o Jogo

A defesa não ficou só no bla-bla-bla. Eles prometem apresentar — segurem seus chapéus — provas documentais e testemunhais que comprovariam essa versão quase heróica do general.

Estamos falando de:

  • Registros oficiais de reuniões
  • Comunicações internas que mostrariam sua postura contrária a medidas extremas
  • Relatos de outros militares que testemunharam sua atuação moderadora

Se isso se confirmar, teremos que reescrever vários capítulos da recente história política brasileira. Ou pelo menos adicionar uns asteriscos gigantescos.

O Que Diz a Outra Parte?

Claro, o Ministério Público Federal não deve engolir essa versão sem mastigar. Eles vêm sustentando que Brito era parte ativa do que chamam de "escritório do golpe" — um grupo que supostamente planejava manter Bolsonaro no poder a qualquer custo.

Agora, a bola está com o STF. Caberá aos ministros — inclusive Dias Toffoli, que relatou o caso — decifrar quem está contando a história real: a acusação ou a defesa.

Uma coisa é certa: o processo acaba de ganhar um tempero dramático que nem o mais criativo roteirista de Netflix conseguiria inventar.

Enquanto isso, nas redes sociais e nos botecos do país, a pergunta que não quer calar: estaremos diante de um herói não reconhecido ou de um réu muito, muito criativo?

O tempo — e as tais provas prometidas — dirão.