
A coisa ficou feia, e feia pra valer, para Rafael Albanese de Angeli. Nesta terça-feira, a CPMI que investiga as rachadinhas no INSS simplesmente não engoliu a versão do ex-sócio de Ricardo Pereira de Lima – aquele mesmo que todo mundo conhece como o "Careca do INSS".
O resultado? Uma decisão duríssima: prisão preventiva, sem direito a fiança. A justificativa dos parlamentares foi cristalina – o sujeito mentiu de forma descarada, e ponto final.
O depoimento que não colou
Angeli tentou, vamos ser sinceros. Mas a história que contou aos investigadores simplesmente desmoronou sob o menor dos exames. Ele jurou de pés juntos que não tinha nenhuma ligação comercial com o Careca depois de 2017. Só que aí é que a porca torce o rabo...
Documentos e mais documentos, aqueles que não mentem jamais, provaram o contrário. A sociedade entre os dois continuou firme e forte até 2022 – cinco anos depois da data que ele afirmou com tanta convicção. Uma diferença e tanto, não é mesmo?
As contradições que derrubaram a farsa
O relator da CPMI, senador Otto Alencar, não usou meias-palavras. Na sua avaliação, as mentiras de Angeli foram tão graves que chegaram a "comprometer seriamente a apuração dos fatos". E olha que estamos falando de um esquema bilionário, gente.
Entre as alegações que simplesmente não se sustentaram, duas se destacam pela absoluta falta de pé no chão:
- Negócio fantasma: Angeli insistiu que uma empresa dele não tinha nada a ver com o Careca. Só que as movimentações bancárias contavam outra história – bem diferente, por sinal.
- Encontro que nunca aconteceu: Ele inventou uma reunião específica que teria ocorrido em 2022. O problema? Provas concretas mostraram que ele estava em outro lugar completamente diferente na tal data.
Parece coisa de filme, mas é a pura realidade da nossa política.
O que isso significa na prática?
Agora, a Polícia Legislativa tem a missão de encontrar e prender Angeli. E aqui vai um detalhe importante: a decisão da CPMI vale por 30 dias, mas pode ser renovada se a investigação precisar de mais tempo.
Enquanto isso, o Careca do INSS continua detido – ele já estava preso preventivamente desde outubro do ano passado. O esquema de rachadinhas, segundo as investigações, desviou nada menos que R$ 30 milhões dos cofres públicos. Uma fortuna que faz qualquer um ficar de cabelo em pé.
O caso segue quente, e tudo indica que ainda vamos ouvir falar muito dele. A Justiça, como se costuma dizer, pode até demorar, mas acaba chegando.