Era pra ser mais um dia comum na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, mas o que aconteceu naquela sessão deixou todo mundo de cabelo em pé. A deputada — cujo nome a gente até poderia mencionar, mas prefere deixar a ficha correr — resolveu inovar nos métodos de protesto. E olha que método!
No meio de uma discussão que já estava esquentando, ela simplesmente pegou um bebê no colo e usou a criança como se fosse uma espécie de escudo humano. Sim, você leu certo. Enquanto os ânimos se exaltavam, a pequena criatura — que mal sabe falar "mamãe" — virou protagonista involuntária do circo político.
O que deu errado?
Pra começar, o timing. Numa altura em que os ânimos estavam à flor da pele, colocar uma criança no meio do furacão foi, no mínimo, uma decisão questionável. Alguns chegaram a gritar que aquilo era "covardia", outros que era "manipulação emocional". E não é que o caso acabou parar no colo do Conselho Tutelar?
— A gente não tá falando de um boneco aqui, é uma criança de verdade — disparou uma assistente social que preferiu não se identificar. — Se um cidadão comum fizesse isso, já estaria respondendo por expor menor a situação de risco.
As justificativas (ou a falta delas)
A deputada, quando questionada, soltou aquela frase clássica: "Foi para chamar atenção para uma causa importante". Só que, entre nós, será que não existiam mil outras formas de protestar sem colocar um bebê no olho do furacão?
Os colegas de parlamento ficaram divididos. Uns acham que foi um ato de coragem, outros — e são vários — consideram que ultrapassou todos os limites do bom senso. E o pior: a criança chorou durante boa parte do episódio.
O que diz a lei? Especialistas em direito da criança e do adolescente lembram que o ECA é claro: menores têm direito à proteção integral. Usá-los como instrumento político, mesmo que por uma "boa causa", pode configurar violação.
Enquanto isso, nas redes sociais, o vídeo viralizou. Alguns defendem a parlamentar, mas a maioria esmagadora parece concordar com uma coisa: política é coisa de adulto. Criança deveria estar longe dessas brigas.
