Do tornozeleira à prisão: a queda de Bolsonaro e os bastidores da decisão de Moraes
De tornozeleira à prisão: a queda de Bolsonaro

Era uma tarde de terça-feira comum em Brasília quando o placar político brasileiro virou de cabeça para baixo. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que até então circulava com uma tornozeleira eletrônica, viu sua situação jurídica degringolar mais rápido que café em copo americano.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que bastava de liberdade condicional. Na canetada que ecoou pelos corredores do poder, determinou a prisão imediata do ex-mandatário. E olha que ninguém pode dizer que não viu chegando essa bomba — os sinais estavam lá desde que o processo começou a engrenar.

Como a coisa desandou

Primeiro foi aquela história da falsificação de carteiras de vacinação — lembra? Depois vieram as investigações sobre supostos atos antidemocráticos. O STF foi costurando o caso como uma colcha de retalhos, cada prova um pedaço novo. Até que:

  1. Em março, a tornozeleira chegou como "presente" da Justiça
  2. As restrições foram aumentando mês a mês
  3. Os advogados de defesa tentaram de tudo, desde recursos até pedidos mirabolantes
  4. Moraes analisou os autos e decidiu que o risco era grande demais

Não dá pra negar — o ministro jogou pesado. Na decisão, ele citou "graves indícios de obstrução à Justiça" e "risco concreto à ordem democrática". Palavras fortes, que deixaram a base bolsonarista em polvorosa.

O que dizem os especialistas

Conversamos com três constitucionalistas (ninguém aguenta só dois, né?) e as opiniões variavam como temperatura em dia de instabilidade atmosférica:

  • "Decisão técnica, dentro da lei", garantia um
  • "Excesso de zelo judicial", reclamava outro
  • "Vamos ver nos desdobramentos", o terceiro, sempre o mais esperto

Enquanto isso, nas redes sociais, a guerra de narrativas esquentava mais que churrasco de domingo. De um lado, os "finalmente a Justiça age"; do outro, os "perseguição política disfarçada".

O certo? Que o Brasil acordou hoje com um capítulo novo — e dos pesados — na sua já turbulenta história política recente. E a sensação é que essa novela ainda tem muito capítulo pela frente.