Datafolha: Metade do Brasil Pede Cadeia para Bolsonaro em Pesquisa Explosiva
Datafolha: 50% apoiam prisão de Bolsonaro; 43% contra

O Brasil parece estar literalmente partido ao meio quando o assunto é o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma nova pesquisa do Datafolha, realizada entre 9 e 11 de setembro e divulgada nesta sexta-feira (13), joga gasolina na já aquecida discussão política nacional.

Os números? Bem, eles falam por si — e como falam. Exatamente metade da população brasileira (50%) defende abertamente que Bolsonaro seja preso. Do outro lado do ringue, 43% se declaram contra a medida. Os 7% restantes? Esses ou não souberam responder, ou simplesmente preferiram não entrar na briga — e quem pode culpá-los?

Um Retrato de Polarização que Dói

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Isso significa, na prática, que o empate técnico é rei. A nação está estatisticamente empatada, um espelho quase perfeito da divisão que a gente vê no jantar de família, no grupo de WhatsApp e até na fila do pão.

O estudo ouviu 2.826 pessoas em 147 municípios — uma amostra robusta que dá um termômetro confiável do clima atual. E olha, o clima não está nada ameno.

Onde a Opinião mais Ferve

Quebrando os números por região, o apoio à prisão é um furacão no Nordeste (61%) e uma maré mais calma no Sul (35%). A divisão geográfica é, surpresa para ninguém, um retrato fiel do mapa eleitoral que estamos acostumados a ver.

Por renda e escolaridade, o padrão também se repete: a favor da prisão, concentram-se os que ganham até dois salários mínimos (56%) e os com ensino superior (58%). Contra, aparecem mais fortemente os que têm renda acima de cinco salários (53%) e ensino fundamental (47%).

Não é apenas uma discussão política, é um debate de classe, de região, de projeto de país. É pesado.

O que Isso Tudo Significa, Afinal?

Bom, para além dos números frios — que não são nada frios, na verdade — a pesquisa escancara uma realidade incômoda. O Brasil segue profundamente fracturado, muito além das eleições de 2022. O assunto Bolsonaro continua a ser um rastilho de pólvora, capaz de incendiar o debate público em segundos.

O que vai acontecer? A Justiça seguirá seu curso, é claro. Mas é inegável que a opinião pública, assim, divide-se de forma quase irreconciliável. Cabe agora às instituições navegarem esse mar bravio.

Uma coisa é certa: o país ainda vai falar muito sobre isso.