
A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada nesta terça-feira a 6 anos de prisão e inelegibilidade perpétua por corrupção durante seu governo (2007-2015). O caso envolve supostas irregularidades na concessão de obras públicas na província de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner.
Os detalhes da condenação
O tribunal federal considerou provado que Kirchner liderou uma associação ilícita que desviou recursos públicos através de contratos fraudulentos com o empresário Lázaro Báez, seu aliado político. As obras rodoviárias superfaturadas totalizam cerca de US$ 1 bilhão.
Reação da ex-presidente
Em discurso emocionado, Kirchner classificou a sentença como "perseguição política" e anunciou que recorrerá da decisão. Seus apoiadores se reuniram em frente ao tribunal, enquanto opositores celebraram a condenação.
Impacto político
Analistas apontam que a decisão judicial ocorre em momento delicado para o governo de Alberto Fernández, aliado de Kirchner, que enfrenta crise econômica e divisões internas no peronismo.
Esta é a primeira condenação definitiva contra a ex-mandatária, que ainda responde a outros processos por corrupção. A sentença só começará a valer após esgotados todos os recursos judiciais.