
A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada nesta terça-feira (11) a seis anos de prisão pela Suprema Corte do país. A decisão marca um capítulo crucial em um caso de corrupção que já dura anos e envolve supostos desvios de recursos públicos durante sua gestão.
O tribunal considerou Kirchner culpada por "gestão fraudulenta" em contratos públicos durante seu governo, entre 2007 e 2015. Além da pena de prisão, a ex-mandatária também foi declarada inelegível para cargos públicos pelo resto da vida.
Reações imediatas
A condenação gerou reações acaloradas tanto entre apoiadores quanto opositores. Kirchner, que nega todas as acusações, classificou o processo como uma "perseguição política". Seus advogados anunciaram que recorrerão da decisão.
Enquanto isso, grupos de oposição celebraram a sentença como uma vitória da justiça contra a impunidade. "É um dia histórico para a Argentina", declarou um representante do governo atual.
Impacto político
Analistas apontam que a condenação pode ter efeitos profundos no cenário político argentino, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando. Kirchner, que atua como vice-presidente, é uma figura central no peronismo e sua ausência pode reconfigurar o tabuleiro eleitoral.
O caso também reacende debates sobre a independência do Judiciário e a luta contra a corrupção na América Latina, onde vários ex-presidentes enfrentam processos similares.