
Era uma tarde quente em Roma quando a notícia explodiu como um rastilho de pólvora: Carla Zambelli, a deputada brasileira que sumiu do radar da Justiça, finalmente tinha sido encontrada. E não foi em qualquer lugar — o esconderijo escolhido pela parlamentar foi nada menos que o elegante bairro de Prati, a poucos passos do Vaticano.
Quem diria? A mulher que fez da retórica inflamada sua marca registrada acabou cercada entre cafés chiques e lojas de grife. A ironia não poderia ser mais perfeita. Segundo fontes próximas à operação, Zambelli vivia discretamente (ou tentava) num apartamento alugado sob nome falso.
Operação discreta, resultado barulhento
Detalhes da captura:
- Agentes italianos agiram após denúncia anônima
- Monitoramento durou 72 horas antes da abordagem
- Zambelli não resistiu à prisão, mas fez discurso político
O que mais chama atenção? O timing. A prisão acontece exatamente quando o caso começava a esfriar no Brasil. "Parece roteiro de filme", comentou um delegado brasileiro sob condição de anonimato. "Ela escolheu um lugar tão óbvio que quase parece provocação."
Prati: o cenário improvável
O bairro onde tudo aconteceu não é exatamente o que se imagina para fugitivos. Com ruas largas e arquitetura imponente, Prati é mais frequentado por turistas endinheirados que por foras-da-lei. Cafés cobram €7 por um espresso, e as vitrines brilham com luxo discreto.
Moradores relataram ter visto uma mulher "nervosa" nos últimos dias, sempre de óculos escuros mesmo à noite. "Pensamos que fosse alguma atriz", contou um barista ao G1. A vida imita a arte — ou seria o contrário?
Enquanto isso, nas redes sociais, o burburinho foi instantâneo. Memes, teorias da conspiração e até piadas sobre "turismo político" viralizaram em minutos. Nas palavras de um tuíte que já tem 15 mil curtidas: "Quando a fuga vira passeio cultural...".