
O clima na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas está, digamos, mais quente que um café recém-coado na hora do rush. E não é por menos. O presidente da comissão, senador Otto Alencar (PSD-BA), soltou uma bomba de informações que deixou todo mundo com as orelhas em pé.
Em entrevista coletiva que mais parecia um capítulo de thriller político, Otto revelou detalhes suculentos sobre o depoimento de Marcos Antonio Pereira Gomes – aquele mesmo que você conhece como o famoso (ou infame) 'Careca do INSS'.
E então veio a revelação: o tal 'Careca' não fez por menos. Mandou um recado direto, na cara dura, para seus padrinhos políticos. Imagina a cena? O sujeito, envolvido até o pescoço em investigações sérias, ainda tem a petulância de enviar mensagens através de terceiros. Isso sim é o que eu chamo de falta de noção monumental.
Otto, com aquela cara de quem segura um segredo enorme, contou que a mensagem foi passada através do advogado de defesa. Nada de bilhetinhos românticos ou telegramas floridos – era um recado seco, objetivo, do tipo 'lembrem-se de mim'.
O senador baiano não entrou em detalhes sobre o conteúdo exato da mensagem (que pena, hein?), mas deixou claro que foi uma comunicação direcionada aos protetores políticos do investigado. Gente grande, do alto escalão. Isso me faz pensar: quantos fios invisíveis movem essas marionetes do poder?
Ah, e tem mais! A tal carta manuscrita que o 'Careca' entregou durante seu depoimento? Pois é, virou motivo de piada entre os parlamentares. Otto mesmo disse, com aquele jeito desconcertante dele, que ninguém levou aquilo a sério. 'Papel molhado', deve ter pensado mais de um ali.
O que mais me impressiona nessa história toda é a cara de pau. Não contente em estar no olho do furacão, o indivíduo ainda acha que pode ditar regras e mandar lembranças para seus comparsas. É de uma ousadia que beira o surreal.
E os trabalhos da CPMI continuam, com o foco agora em desvendar até que ponto essas conexões políticas chegam. Porque uma coisa é certa: quando o assunto é poder, as teias são sempre mais complexas – e embaraçosas – do que imaginamos.
Fica o suspense no ar: quem seriam tais padrinhos? Que tipo de proteção foi oferecida (ou prometida)? E o mais importante: será que alguém vai realmente responder por tudo isso?
Perguntas que, por enquanto, ficam sem resposta. Mas uma coisa é certa: o 'Careca' do INSS definitivamente não é tão careta assim quando o assunto é jogos políticos.