
Eis que a rotina do condomínio Vivendas do Lago, em Brasília, ganhou um capítulo inesperado nesta quinta-feira. Jair Bolsonaro, que cumpria prisão domiciliar há exatos 47 dias – mas quem está contando? –, deixou sua residência por volta das 9h30 da manhã sob escolta da Polícia Federal.
O destino? Um hospital em São Paulo. O motivo? Uma cirurgia marcada para desobstruir o intestino, complicação decorrente da famosa facada que sofreu em 2018 durante a campanha eleitoral. Coisa séria, diga-se de passagem.
Os detalhes da saída autorizada
A autorização partiu do próprio Supremo Tribunal Federal, mais precisamente do ministro Alexandre de Moraes. A liminar permitiu que Bolsonaro se deslocasse até São Paulo para o procedimento médico – e olha, não foi algo simplesmente concedido de bandeja. Havia um protocolo rígido a ser seguido.
Os agentes federais não deram moleza: acompanharam o ex-presidente desde a porta de casa até o aeroporto, embarcaram no voo comercial junto com ele – sim, comercial, nada de jatinho particular – e seguirão na sombra durante toda a estadia paulista.
O que dizem os médicos
Segundo a equipe médica que acompanha Bolsonaro, a obstrução intestinal é uma daquelas sequelas chatas que persistem desde o atentado de cinco anos atrás. A intervenção cirúrgica foi considerada essencial – não era algo que pudesse ser adiado sem riscos. A previsão é que ele fique internado por uns três ou quatro dias, dependendo da recuperação.
Curioso notar como a saúde de figuras públicas vira peça no tabuleiro político, não? De um lado, os apoiadores cobrando cuidado e transparência; de outro, os críticos questionando o timing e as circunstâncias. Humanamente, é uma situação delicada. Politicamente, um campo minado.
O contexto que ninguém esquece
Não dá pra ignorar o pano de fundo dessa história toda. Bolsonaro responde a processos por suposto envolvimento em tentativa de golpe de Estado e falsificação de documentos – acusações sérias que renderam a prisão domiciliar no final de fevereiro.
E agora, essa saída temporária gera inevitáveis especulações: como ficam os trâmites judiciais? A defesa já sinalizou que pode usar o episódio para pedir a revogação da prisão preventiva. Já o STF mantém a posição de que é estritamente uma questão de saúde, sem implicações políticas.
O fato é que o Brasil inteiro fica de olho. Nas redes sociais, os ânimos se acirram – como sempre acontece quando o assunto é Bolsonaro. Uns veem perseguição, outros veem justiça sendo feita. E no meio disso tudo, um ex-presidente segue para o centro cirúrgico sob custódia federal.
Restam dúvidas? Claro que restam. Mas por hoje, a questão central é médica. O resto… bem, o resto fica para os próximos capítulos dessa novela que não parece ter fim à vista.