Bolsonaro convoca ato na Paulista após ser indiciado por uso da Abin
Bolsonaro convoca ato após indiciamento por uso da Abin

O ex-presidente Jair Bolsonaro intensificou os preparativos para um grande ato na Avenida Paulista, em São Paulo, após ser formalmente indiciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposto uso político da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo.

Segundo fontes próximas ao ex-mandatário, a manifestação está marcada para o próximo domingo e deve reunir apoiadores de todo o país. O evento ganhou ainda mais relevância após a decisão judicial que o incluiu como investigado no inquérito que apura possíveis irregularidades na Abin.

Os detalhes do indiciamento

O MPF aponta que Bolsonaro teria utilizado a estrutura da agência de inteligência para fins políticos, o que configuraria crime de abuso de poder. As investigações sugerem que a Abin foi usada para monitorar adversários políticos e juízes durante seu governo.

Em nota divulgada nas redes sociais, o ex-presidente classificou o indiciamento como "perseguição política" e reforçou o convite para o ato, afirmando que "o povo brasileiro não aceitará essa tentativa de criminalização da política".

Preparações para o ato

Organizadores estimam que o evento possa reunir dezenas de milhares de pessoas. A Polícia Militar de São Paulo já começou os preparativos para o esquema de segurança, que deve incluir bloqueios no trânsito e reforço no policiamento.

Especialistas em segurança pública alertam para a possibilidade de confrontos entre apoiadores do ex-presidente e grupos contrários, embora os organizadores garantam que o evento será pacífico.

Repercussão política

O indiciamento de Bolsonaro e a convocação do ato reacenderam o debate sobre a polarização política no país. Enquanto aliados do ex-presidente falam em "resistência democrática", opositores veem a manifestação como uma tentativa de pressionar o Judiciário.

Analistas políticos destacam que o evento na Paulista pode marcar o início de uma nova fase na atuação pública de Bolsonaro, que desde o fim de seu mandato mantém discreta agenda política.