
Em uma sessão marcada por tensão, vereadores de Bauru ouviram cinco testemunhas nesta terça-feira (10) como parte da investigação sobre supostos desvios de doações do Fundo Social do município. Os recursos, destinados a ações assistenciais, teriam sido direcionados irregularmente para uma igreja ligada à família da prefeita Suéllen Rosim (Patriota).
Detalhes da investigação
A Comissão Especial de Inquérito (CEI), criada para apurar o caso, já colheu depoimentos de servidores públicos e lideranças religiosas. Segundo relatos, parte das doações em dinheiro, alimentos e materiais de construção teria sido desviada para a instituição religiosa sem o devido processo legal.
Principais pontos da apuração:
- Suspeita de repasse irregular de recursos públicos
- Falta de transparência na destinação das doações
- Possível conflito de interesses envolvendo a primeira-dama
- Questionamentos sobre a prestação de contas do Fundo Social
Repercussão política
O caso ganhou proporções políticas na cidade, com oposicionistas acusando a administração municipal de usar recursos públicos para beneficiar aliados. A prefeitura nega qualquer irregularidade e afirma que todas as doações foram feitas dentro da legalidade.
"Estamos acompanhando com atenção o trabalho da CEI e confiamos que a verdade prevalecerá", declarou o assessor jurídico da prefeitura em nota oficial.
Próximos passos
A comissão parlamentar deve convocar novas testemunhas nas próximas semanas, incluindo possivelmente a própria prefeita e seu marido, frequentemente visto em eventos na igreja em questão. O relatório final está previsto para ser apresentado em até 60 dias.