Alcolumbre Esbraveja Contra Eduardo Bolsonaro por Tentar Virar os EUA Contra o Brasil
Alcolumbre critica Eduardo Bolsonaro por caso EUA

Parece que a poeira não vai baixar tão cedo na política nacional. O senador Davi Alcolumbre (sem partido-AP) soltou o verbo—e com uma força só—contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A razão? Uma acusação pesada, daquelas que ecoam pelos corredores do Congresso: de que o filho do ex-presidente estaria, vejam só, tentando virar o governo americano contra o Brasil.

Não é brincadeira. Alcolumbre, que já presidiu o Senado e não é exatamente um novato nessas guerras, usou um tom duríssimo. Disse, com todas as letras, que o comportamento de Eduardo é "inadmissível" e que prejudica—e muito—os interesses nacionais. Imagina a cena: um parlamentar brasileiro supostamente fazendo lobby contra o próprio país lá fora. É de cortar o coração—ou pelo menos a paciência.

Eduardo, como era de se esperar, não ficou quieto. Rebatou na mesma moeda, dizendo que Alcolumbre estaria "mal informado" e que sua atuação nos Estados Unidos era legítima, em defesa de "valores conservadores". Mas a pergunta que fica—e todo mundo está fazendo—é: até que ponto a defesa de ideologias justifica supostamente minar a diplomacia brasileira?

O Pano de Fundo: Muito Além de Uma Picuinha Pessoal

O buraco é mais embaixo. A relação entre os Bolsonaro e o governo atual, como todos sabemos, não é exatamente amistosa. E essa troca de farpas não acontece no vácuo. Ela reflete uma divisão política profunda, que vai muito além de um xingamento no X ou de uma entrevista nervosa.

Alcolumbre, diga-se de passagem, não é qualquer opositor. Sua voz tem peso. E quando alguém com sua trajetória levanta uma bandeira dessas, o assunto ganha outra dimensão. Vira notícia internacional, chega nas embaixadas, pode—quem sabe?—atrapalhar negócios.

O que está em jogo aqui, no fim das contas, é a imagem do Brasil lá fora. Será que estamos virando um país que briga em público—e no exterior? Que mostra suas divisões para o mundo? A sensação, pelo menos para quem acompanha de perto, é que a política externa está cada vez mais contaminada por rusgas domésticas.

E isso, convenhamos, é perigoso.

E Agora, José?

O desfecho dessa novela ninguém sabe. O que se sabe é que a crise expõe uma ferida aberta na política brasileira: a dificuldade de separar o jogo interno dos interesses nacionais no cen global. Enquanto alguns acham que ideologia vem primeiro, outros defendem que pátria é pátria—e ponto final.

Enquanto isso, em Brasília, o clima segue tenso. E os ânimos, acirrados. Resta saber se essa briga vai esfriar ou se é só o primeiro round de uma guerra que promete—infelizmente—muito mais capítulos.