
Imagina só: você é um oficial treinado, acostumado a lidar com situações de risco, e de repente vira vítima. Foi exatamente o que aconteceu com um tenente da PM na quarta-feira (27), por volta das 18h, no Centro de Sobral. Tudo aconteceu numa fração de segundos — um daqueles momentos que mudam completamente o seu dia.
Dois indivíduos chegaram de moto, num daqueles modelos comuns que passam despercebidos no trânsito. A abordagem foi rápida, seca, quase profissional. O policial, que estava de folga e sequem teve tempo de reagir, viu sua arma — uma pistola — ser levada. A cena toda foi capturada por câmeras de vigilância, e é de arrepiar.
Segundo a Polícia Militar, a arma roubada era de uso permitido, registrada. Mas convenhamos: nas mãos erradas, qualquer arma vira uma ameaça. O tenente não sofreu ferimentos físicos, mas o trauma? Esse fica. Quem confia no próprio treinamento e acaba surpreendido assim dificilmente esquece.
O que se sabe até agora?
As investigações estão rolando, é claro. A PM corre atrás de pistas, imagens, testemunhas — o pacote completo. Ainda não há informações sobre suspeitos, mas uma dupla em uma moto preta dificilmente passa despercebida por tanto tempo. Alguém viu, alguém sabe.
Sobral, que normalmente não é manchete nacional por crimes desse tipo, agora vira palco de um episódio que joga luz sobre uma questão bem mais ampla: a insegurança. Se um PM pode ser alvo, o que dizer do cidadão comum?
O caso serve como alerta — e como espelho. A violência não escolhe vítima, não poupa profissão, não respeita patente. E enquanto a polícia não prende quem fez isso, a arma do tenente segue por aí. Quem estará na mira agora?