
Não deu outra. Naquela manhã cinzenta de quarta-feira, o bairro Telégrafo, em Belém, acordou com o barulho seco de tiros ecoando pelas ruas estreitas. A rotina pacata do lugar — onde crianças costumam brincar de bola e vizinhos batem papo na calçada — foi interrompida por uma cena digna de filme de ação.
Segundo fontes da Polícia Militar, tudo começou durante uma operação de rotina. Os PMs, de olho em um suspeito com mandado de prisão em aberto, tentaram abordá-lo perto de uma pracinha movimentada. Só que o cara, em vez de colaborar, decidiu bancar o durão.
O que rolou de verdade?
Parece que o indivíduo — cuja identidade ainda não foi divulgada — sacou uma arma do nada. Os policiais, sem muita escolha, revidaram. O tiroteio foi rápido, mas intenso. Quando a poeira baixou, o suspeito estava no chão, atingido. A equipe do SAMU chegou correndo, mas já era tarde. O cara não resistiu.
Moradores da região, ainda assustados, contam que ouviram pelo menos dez disparos. "Parecia foguetório de São João, só que mais assustador", disse Dona Maria, uma aposentada que vive no local há 30 anos. Outros relatos falam de gente se escondendo em lojas e corredores durante o barulho.
E agora, José?
A PM garante que seguiu todos os protocolos. O caso, como de praxe, vai ser investigado. Enquanto isso, no Telégrafo, a vida volta ao normal — ou quase. Resta saber se essa história vai virar só mais um número nas estatísticas ou se vai gerar algum debate sobre segurança na região.
Uma coisa é certa: ninguém ali vai esquecer tão cedo o dia em que a rotina do bairro virou um cenário de filme policial.