
Era um daqueles dias em que o sol castigava o asfalto da Pedreira, no Rio, e a tensão no ar podia ser cortada com faca — literalmente. Num cenário que parece saído de roteiro de filme, a Polícia Militar fez algo que deixou muita gente de queixo caído: liberou o furto de carne roubada por um grupo de pessoas. Sim, você leu certo.
O vídeo que circulou nas redes mostra a cena surreal — caminhão parado, gente carregando cortes de carne como se fosse Black Friday de açougue, e os PMs... assistindo. Mas calma, a explicação é mais complexa que um churrasco de domingo.
"Entre o ideal e o possível"
O comandante responsável pela decisão, que prefere não ter o nome estampado (afinal, quem gosta de holofote nessas horas?), foi direto: "Tinha criança, idoso, gente desesperada. Se a gente reagisse, poderia virar um banho de sangue".
Não é todo dia que a lei flexibiliza, mas segundo fontes da corporação, a ordem foi clara — evitar mortes a qualquer custo. "Às vezes você tem que ceder um pouco pra ganhar muito", filosofou um sargento, enquanto ajustava o coldre.
- O caminhão transportava 5 toneladas de carne quando foi interceptado
- Cerca de 50 pessoas participaram do "saque" improvisado
- Nenhum disparo foi efetuado durante a ação
Nas redes sociais: chuva de memes e críticas
Enquanto isso, no Twitter, a galera não perdoou. De "PM virou açougueiro moral" a "Bandido gourmet agora tem escolha de corte", as piadas rolaram soltas. Mas especialistas em segurança ponderam — decisões em campo raramente são preto no branco.
"É fácil julgar pelo celular", disparou uma veterana da ROTA, enquanto tomava seu café amargo. "Na hora H, com aquele calor, gente passando fome e adrenalina lá em cima... bom, cada um sabe onde o calo aperta."
A prefeitura, por sua vez, emitiu nota dizendo que "repudia qualquer forma de ilegalidade" (óbvio), mas evitou criticar diretamente a PM. Já o governador — ah, o governador — sumiu do radar. Conveniente, não?