
O que começou como mais uma tarde comum na Zona Norte do Rio rapidamente se transformou num daqueles cenários de filme — só que de verdade, com gente de carne e osso arriscando a vida. Por volta das 15h desta segunda-feira (22), a rotina da Avenida Dom Hélder Câmara, no Méier, foi quebrada pelo rugido de motores e pelo som estridente de sirenes.
Dois homens numa moto, imaginando que poderiam escapar impunes de um assalto — sim, esse era o pano de fundo da confusão toda —, resolveram desafiar a sorte e a lei. Acreditaram, num cálculo totalmente furado, que a agilidade da motocicleta seria suficiente para deixar para trás uma viatura da Polícia Militar.
Que engano catastrófico.
A perseguição, que foi tudo menos tranquila, cortou várias ruas do bairro, deixando um rastro de pânico e curiosidade entre quem estava por perto. A velocidade era tanta que parecia uma cena de videogame, só que com consequências reais e potencialmente fatais. E, claro, não poderia terminar bem.
Num momento de puro desespero, o condutor da moto perdeu o controle do veículo. O resultado? Uma colisão violenta e, para ser sincero, bastante previsível, contra o muro de uma residência. A batida foi tão forte que a moto ficou praticamente irreconhecível — um amasso de metal que contava a história de uma fuga que deu errado.
O passageiro, de 28 anos, não teve nem chance de correr. Foi capturado no local mesmo, ainda atordoado com o golpe. Já o condutor, o principal alvo da operação, tentou se esconder pela região, mas aí é que a coisa ficou ainda mais interessante. A polícia, com um trabalho rápido e eficiente, conseguiu localizá-lo e prendê-lo pouco tempo depois, na Rua São Francisco Xavier, não muito longe do local do acidente.
E olha só o que a investigação preliminar revelou: a moto envolvida nessa correria toda era roubada. Uma surpresa? Nem um pouco. Agora, os dois indivíduos estão sob custódia, respondendo pelos seus atos, e o veículo foi apreendido para os devidos procedimentos.
O que essa cena nos mostra? Mais uma vez, a velha lição de que crime não compensa. Só que, desta vez, a mensagem veio acompanhada de muito barulho, borracha queimada e a frieza do concreto de um muro.