
Era uma tarde como qualquer outra na zona rural de Ribeirão Preto — até que um trabalhador, cortando mato, topou com algo que faria até o mais experiente delegado coçar a cabeça. No meio do matagal, uma ossada. E não era qualquer ossada: junto aos restos, um chapéu da Polícia Militar, desbotado pelo tempo, mas ainda com a insígnia visível.
"Pensei que fosse brincadeira de mau gosto", confessou o homem, que preferiu não se identificar. "Mas aí vi que o negócio era sério. Coração acelerou, sabe como é?"
O que se sabe até agora
A polícia chegou rápido — afinal, quando o assunto é possível envolvimento de PM, o protocolo é outro. Segundo fontes, o esqueleto estava ali há no mínimo dois anos. Tempo suficiente para a natureza fazer seu trabalho, mas não o bastante para apagar todas as pistas.
- Chapéu da PM em estado de decomposição avançada, mas ainda reconhecível
- Nenhum documento ou objeto pessoal encontrado próximo
- Área isolada, longe de estradas principais — alguém quis esconder bem
O delegado responsável, em off, soltou a pérola: "Pode ser desde um policial desaparecido até um bandido que vestiu a peça pra se passar por PM. Ou quem sabe um colecionador macabro? Nessa profissão, já vi de tudo."
Teorias que circulam nos bastidores
No bar mais próximo da delegacia, o assunto dominava as rodas de conversa. Entre um gole de café requentado e outro, as hipóteses iam do plausível ao absurdo:
- Policial executado: casos de vingança contra PMs não são exatamente raros
- Farsa criminosa: bandido usando uniforme para aplicar golpes
- Acidente antigo: talvez um treinamento que deu errado e foi abafado
Enquanto isso, no IML, os peritos trabalhavam contra o relógio. "Dá pra extrair DNA mesmo nesse estado", garantiu uma técnica, enquanto virava os ossos com cuidado de arqueólogo. "Mas vai demorar — e olhe lá."
Ribeirão Preto, acostumada a notícias de agronegócio e eventos culturais, agora tem seu próprio mistério policial. E nas redes sociais, o burburinho só cresce: será que aquele chapéu enferrujado guarda segredos que vão abalar a corporação? Ou é só mais um capítulo triste da violência que assola o interior?
Uma coisa é certa: quando a polícia investiga a própria polícia, o caso pega fogo. E dessa vez, literalmente — porque o sol de 40 graus na região não dá trégua nem pra ossada.