
Era pra ser mais um dia comum na Asa Norte, mas o que se seguiu foi pura adrenalina. Dois adolescentes — que deveriam estar na escola — resolveram brincar de Velozes e Furiosos na vida real. Roubaram um carro, aceleraram sem destino e, claro, chamaram atenção da PM.
A perseguição foi daquelas de tirar o fôlego: o veículo ziguezagueando entre os blocos residenciais, policiais de plantão colados no pára-choque e uma porção de testemunhas boquiabertas. No final, como em 90% desses casos, os garotos não tinham nem carteira de motorista direito — quem dirá habilidade para fugir.
O desfecho
Depois de uns 15 minutos de caçada — tempo suficiente pra destruir os pneus do carro roubado —, os menores acabaram encurralados numa rua sem saída. Sabe aquela cena clássica onde o bandido desiste? Pois é. Saíram do veículo de mãos pra cima, assustados como filhotes de gambá no farol.
Segundo os PMs, os dois nem tentaram resistir. Um deles até chorou (coisa que, convenhamos, não combina muito com a pose de criminoso durão). Na viatura, durante o trajeto pra delegacia, ficaram quietinhos — bem diferente da correria minutos antes.
O que diz a lei
Por serem menores, a situação é complicada. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê medidas socioeducativas, mas todo mundo sabe que o sistema tá cheio até a boca. Enquanto isso, o dono do carro — coitado — fica aí calculando o prejuízo no seguro.
Ah, detalhe: os garotos já tinham passagem por outros delitos. Surpresa? Nem um pouco. Parece que a escalada do crime começa cedo, e sem políticas públicas decentes, histórias como essa vão se repetir ad nauseam.