
Era pra ser mais um dia comum na Praia do José Menino, em Santos. O sol tentando furar a névoa da manhã, alguns pescadores preparando suas varas, aquela paz típica de quem mora no litoral. Mas o que deveria ser rotina se transformou num daqueles pesadelos que a gente só vê em filme policial.
Por volta das 7h da manhã desta terça-feira (2), banhistas que chegavam cedo se depararam com uma cena sinistra: um embrulho grande, todo envolto em sacos plásticos pretos, abandonado na areia. Desconfiados — porque, convenhamos, ninguém deixa algo assim na praia por acaso —, resolveram avisar a Guarda Civil Municipal (GCM).
E não é que o pior se confirmou? Lá dentro, o corpo sem vida de um homem. A polícia foi acionada imediatamente, isolou a área e iniciou os trabalhos periciais. Segundo informações iniciais, a vítima era um homem de estatura média, usando shorts e sem documentos. Nada que pudesse ajudá-lo a contar sua própria história.
Um Mistério que a Maré Trouxe
O corpo foi encontrado numa região entre a praia e o calçadão — um local relativamente movimentado, o que torna tudo ainda mais intrigante. Como alguém conseguiu abandonar um corpo ali sem ser notado? Terá vindo do mar? A maré estava baixa, mas o oceano esconde segredos que nem sempre queremos descobrir.
O Instituto Médico-Legal (IML) já removeu o corpo e deve realizar a autópsia ainda hoje. Só então saberemos, de fato, as causas da morte. Enquanto isso, a Delegacia de Homicídios de Santos assumiu o caso e já corre atrás de pistas — imagens de câmeras de segurança da região são uma esperança.
Silêncio e Apreensão na Orla
Quem passava pelo local nesta manhã nem imaginava a tragédia que havia sido descoberta horas antes. A praia seguiu movimentada, com crianças brincando e ambulantes trabalhando. Mas um clima pesado pairava no ar — aquele misto de choque e medo que casos assim sempre provocam.
Afinal, não é todo dia que a violência urbana — e de uma forma tão crua — aparece literalmente na nossa porta, na areia onde a gente pisa descalço no fim de semana.
A pergunta que fica é: quem era esse homem? O que terá acontecido? E por que alguém decidiu descartá-lo como lixo, envolto em plástico, como se sua vida não valesse nada?
Por enquanto, só o mar sabe — e ele não conta.