Imagine abrir a porta pensando ser uma abordagem de rotina — e cair numa armadilha orquestrada. Foi exatamente isso que aconteceu com moradores de um condomínio no Distrito Federal, numa tarde que começou comum e terminou em pesadelo.
Dois indivíduos — fingindo ser policiais militares — encenaram uma abordagem convincente. Uniformes, postura, a voz de comando… Tudo muito bem ensaiado. A vítima, claro, acreditou. Quem não acreditaria?
A investida foi rápida e silenciosa. Nada de tiros, gritos ou correria. Apenas a frieza de quem age com precisão cirúrgica. Invadiram a residência, renderam os presentes e… sumiram. Levaram joias, dinheiro, objetos de valor. Levaram também a sensação de segurança de quem pensava estar protegido.
O método: uma simulação quase perfeita
Não eram policiais de verdade, obviamente. Mas pareciam. Agiam como tal. Usavam coletes, tinham a fala firme, o jeito intimidante — tudo muito convincente. Uma encenação que beira o profissionalismo do crime.
E esse, diga-se, não é um golpe novo. Já aconteceu antes. Mas a ousadia impressiona. A coragem de se passar por autoridade, à luz do dia, num condomínio… é de deixar qualquer um de cabelo em pé.
E o que fazer para não cair?
Desconfie. Sempre. Exija identificação detalhada — número de matrícula, nome completo, unidade de lotação. Um policial legítimo não se recusa a se identificar. Liga para a delegacia ou para o 190 para confirmar a situação. Melhor pecar pelo excesso de cautela.
E claro: não abra a porta totalmente. Use o olho mágico, a grade de segurança. Mantenha a porta correnteada enquanto conversa. Pequenas atitudes que podem evitar uma tragédia.
O caso já está sendo investigado pela Polícia Civil do DF. Eles buscam pistas — imagens de câmeras, testemunhas, qualquer coisa que leve aos responsáveis. Mas a verdade é que o estrago já foi feito. E a pergunta que fica é: até quando vamos viver com medo até daqueles que deveriam nos proteger?
