
Doze projéteis de alto poder. Essa foi a conta macabra que ceifou a vida do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes numa tarde de sexta-feira que parecia comum. A cena, digna de filme de ação - mas terrivelmente real - se desenrolou na Rua Serra da Bocaina, no tradicional bairro do Tatuapé, zona leste da capital paulista.
Por volta das 15h30, tudo mudou. Fontes, que já vestira o azul-marinho da Polícia Civil, dirigia seu Hyundai HB20 branco quando foi surpreendido. Uma emboscada calculista, fria. Os peritos não têm dúvidas: foram rifles de grosso calibre que dispararam contra o veículo, transformando o carro numa verdadeira peneira.
Os detalhes que impressionam até os mais experientes
O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) é taxativo. Doze impactos de projéteis de fuzil atingiram o corpo do ex-delegado. Doze. Um número que não deixa margem para dúvidas sobre a intenção dos executores: eliminação completa, sem chance de defesa ou sobrevivência.
E o mais preocupante? O crime aconteceu a apenas 85 metros de uma escola municipal. Crianças, professores, pais... gente comum que poderia ter se tornado vítima colateral dessa violência absurda. Parece que os criminosos pouco se importam com quem está por perto - o que é, francamente, aterrador.
Uma carreira na polícia e uma morte sob investigação
Ruy Ferraz Fontes não era um desconhecido nos corredores da polícia. Até 2022, ele integrava o quadro de delegados da Polícia Civil. Tomou posse ainda em 2001, acumulando mais de duas décadas de experiência em investigações criminais. Ironia do destino? Quem dedicou a vida a desvendar crimes teve a própria morte envolta em mistério.
Agora, os colegas que um dia trabalharam com ele estão do outro lado, buscando respostas. A Delegacia de Homicídios do Tatuapé assumiu o caso, mas até o momento... silêncio. Nenhum suspeito foi identificado, e as motivações seguem sendo um ponto de interrogação gigante.
Testemunhas relatam que pelo menos dois homens em uma moto se aproximaram do carro do ex-delegado. A ação foi rápida, precisa - e depois, sumiram no trânsito caótico de São Paulo. Profissionais, diriam alguns. Eu diria: assassinos cruéis.
O que resta além dos tiros?
Além do horror óbvio da execução, fica a pergunta: por quê? Seria algum acerto de contas do passado policial de Fontes? Uma vingança? Ou algo completamente diferente? A polícia segue no escuro, vasculhando a vida do ex-delegado em busca de pistas.
Enquanto isso, a família de Ruy Ferraz Fontes chora sua perda. Imaginem só: sair de casa num dia normal e nunca mais voltar. Receber a notícia de que seu ente querido foi executado com uma violência que choca até os mais endurecidos.
O caso segue sob investigação - e a sociedade espera por respostas. Porque crimes assim, cometidos com tamanha ousadia, não podem ficar impunes. A população merece sentir-se segura, e isso só acontece quando a justiça funciona.