
Quem diria que, quatro décadas depois, um caso quase esquecido ganharia novos ares com ajuda da tecnologia? O desaparecimento de Marco Aurélio, ocorrido em 1985 no Pico dos Marins — um daqueles lugares que misturam beleza natural com um ar de mistério — voltou à tona com uma abordagem que parece saída de filme de ficção científica.
Drones equipados com inteligência artificial estão varrendo cada centímetro da região. E não é qualquer drone desses que a gente vê por aí tirando selfie no parque. Esses aqui são capazes de analisar padrões no solo, identificar objetos incomuns e até cruzar dados com imagens de satélite antigas. Parece coisa de agente secreto, mas é pura tecnologia a serviço da verdade.
O que torna esse caso tão especial?
Primeiro, o tempo. Quarenta anos são muitas estações chuvosas, muitos ventos, muita terra que se move. Segundo, o local — o Pico dos Marins não é exatamente um jardim botânico. Terceiro, a persistência da família, que nunca desistiu de buscar respostas.
"A gente vive entre a esperança e o medo do que pode encontrar", confessou um sobrinho de Marco Aurélio, que tinha apenas 8 anos quando o tio desapareceu. "Mas qualquer resposta é melhor que esse vazio."
Como a IA está virando o jogo
Os algoritmos usados nessa busca são do tipo que aprende com o que vê. Eles já foram alimentados com:
- Fotos da época do desaparecimento
- Padrões de decomposição naquela altitude
- Dados geológicos da região
- Relatos de outros desaparecimentos na área
Não é magica — é matemática aplicada com um toque de esperança. Os drones voam em padrões que humanos jamais conseguiriam planejar, cobrindo áreas inacessíveis a pé. Quando encontram algo suspeito, marcam o local para investigação no solo.
E tem mais: a equipe está usando uma técnica chamada "análise retrospectiva", que basicamente tenta recriar digitalmente como o terreno estava na época. Imagine rebobinar o tempo, mas com pixels ao invés de mágica.
O que esperar agora?
Os especialistas são cautelosos — afinal, quatro décadas são quatro décadas. Mas a tecnologia está dando um fôlego novo a um caso que muitos consideravam perdido nas brumas do tempo.
"Mesmo que não encontremos respostas definitivas", diz o coordenador das buscas, "estamos estabelecendo um precedente importante. Mostrando que a justiça tem prazos, mas a verdade não."
Enquanto isso, no Pico dos Marins, os drones zunem como abelhas high-tech, vasculhando cada pedra, cada ravina, cada centímetro daquela paisagem que guarda segredos há tanto tempo. Quem sabe o que eles podem revelar?