
A noite de domingo em Angra dos Reis, normalmente tranquila com sua brisa marítima, foi brutalmente interrompida por um crime que deixou toda a região em estado de choque. Por volta das 20h30, na Rua do Comércio, no Centro, o delegado Paulo Roberto da Silva, um homem de 48 anos com uma carreira sólida na Polícia Civil, foi vítima de uma execução sumária. Tudo aconteceu de repente — uma ação rápida, violenta e, pasme, com uma frieza de dar arrepios.
Testemunhas, ainda sob o impacto do susto, contaram à polícia que ouviram não um, mas vários disparos. Uma sequência seca e estridente que ecoou pelas paredes dos prédios antigos. Quando a poeira baixou, lá estava o delegado, caído no chão, atingido por múltiplos projéteis. O socorro veio rápido, o Samu foi acionado na hora, mas não adiantou. A gravidade dos ferimentos era tanta que ele não resistiu. Foi declarado morto no local, um final trágico para um dia comum.
E olha, o que mais deixa a gente perplexo é o fato de ele ser justamente a autoridade que chefiava a 147ª DP, a delegacia da cidade. Imagina só: quem comanda as investigações criminais na região, assassinado de forma tão cruel. Isso levanta uma série de questionamentos — e medos. Seria um acerto de contas? Uma retaliação? O trabalho dele incomodou alguém poderoso? A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, que agora assumiu o caso, está tentando desvendar esse quebra-cabeça macabro.
Ninguém foi preso até este momento. A operação para encontrar os responsáveis está a todo vapor, com equipes percorrendo a região e colhendo imagens de câmeras de segurança. A secretaria de Segurança Pública já se manifestou, prometendo empenho total nas investigações. Mas a pergunta que fica, ecoando nas ruas de paralelepípedo do Centro Histórico, é: até onde vai a ousadia do crime?
Uma vida dedicada à lei, ceifada pela ilegalidade. Uma cidade turística, conhecida por suas belas praias, agora manchada por uma violência que parece não ter fim. O caso reacende o debate sobre a segurança dos próprios agentes da lei, que estão na linha de frente todos os dias. Uma tragédia que vai muito além de uma manchete.