Numa tarde de domingo aparentemente comum em Salvador, uma ação policial chamou a atenção pelo seu caráter, digamos, pouco convencional. Por volta das 15h, militares da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) se depararam com uma cena no mínimo curiosa no movimentado bairro da Barra.
E não, não era uma abordagem comum. O alvo? Uma câmera fotográfica. Mas não qualquer uma – estamos falando de um equipamento profissional avaliado na casa dos R$ 80 mil. Sim, você leu certo: oitenta mil reais.
O que levou à apreensão?
Segundo as informações que consegui apurar, a situação começou quando os PMs notaram o equipamento sendo manuseado de forma, bem, suspeita. Aparentemente, o proprietário – cuja identidade não foi divulgada – não conseguiu comprovar a origem legítima da câmera. E quando se trata de um bem de valor tão expressivo, a falta de documentação adequada acende o sinal de alerta.
O que me faz pensar: quem carrega uma câmera desse valor pela cidade sem ter como provar que é sua? No mínimo, bastante estranho.
Os detalhes que fazem a diferença
O modelo em questão é uma Canon EOS R5 C, que para quem não é do ramo, é basicamente a Ferrari das câmeras profissionais. Equipamento top de linha usado geralmente por produtoras de cinema e fotógrafos de alto padrão. O fato de estar nas mãos de alguém sem documentação adequada levantou, naturalmente, desconfianças.
O mais intrigante? O proprietário simplesmente desapareceu do local quando os policiais iniciaram a abordagem. Abandonou o equipamento e foi embora. Coisa de filme, não?
E agora, o que acontece?
A câmera foi levada para a 12ª CIPM, onde ficará sob custódia até que alguém apareça para reclamá-la – e o mais importante, comprove que é o legítimo dono. Caso contrário, o equipamento poderá ser incorporado ao patrimônio do estado ou leiloado.
É daquelas situações que mistura curiosidade e certo desconforto. Por um lado, a ação policial preventiva; por outro, a sensação de que há mais história por trás dessa câmera abandonada.
O caso serve como alerta para quem possui equipamentos de alto valor: sempre ande com a documentação. Porque quando menos se espera, uma simples caminhada pela orla pode virar um episódio digno de roteiro policial.
