
A noite de segunda-feira em Goiânia não seria como as outras. Nem para os funcionários do hospital, muito menos para um paciente que jamais sairia dali com vida. Tudo começou com uma chegada sinistra por volta das 20h30 - horário em que a movimentação já diminui, mas a vigilância não pode falhar.
E foi exatamente nessa brecha que ele apareceu. Um homem, cuja identidade ainda é investigada, chegou determinado como quem vai cumprir uma missão inadiável. Só que sua missão era das mais sombrias.
"Vou entrar de qualquer jeito"
O diálogo com o porteiro foi curto, direto e deixou poucas margens para interpretação. "Preciso entrar. Vou entrar de qualquer jeito para terminar um serviço", disse o indivíduo, segundo relatos colhidos pela polícia. Não era um pedido, era um aviso. Uma declaração de intenções que, infelizmente, se mostraria profética.
O que se seguiu foi um daqueles momentos de puro pânico que ninguém espera viver dentro de um ambiente que deveria ser sinônimo de cuidado e segurança. Ignorando completamente os protocolos de acesso, o homem simplesmente forçou sua entrada. Foi direto ao quarto 307, como se conhecesse cada centímetro do local.
O crime que chocou Goiânia
Lá estava Edson Pereira de Souza, 54 anos, internado para tratamento de saúde. Ele não tinha chance contra a determinação assassina do invasor. Testemunhas ouvidas pela reportagem disseram que tudo aconteceu rápido demais - tão rápido que ninguém conseguiu intervir.
Três tiros. Esse foi o "serviço" que o criminoso veio terminar. Dois atingiram o tórax do paciente e um acertou seu braço. A cena era de caos total quando a equipe médica chegou, mas já era tarde demais. Edson não resistiu.
O mais estarrecedor? A frieza com que o assassino agiu. Ele não pareceu perturbado, não demonstrou arrependimento. Cumpriu o que veio fazer e desapareceu na noite, deixando para trás uma família destroçada e uma pergunta no ar: que tipo de "serviço" justifica tamanha brutalidade?
Investigação em andamento
A Polícia Civil já trabalha com algumas pistas importantes. As câmeras de segurança captaram imagens nítidas do suspeito, e testemunhas forneceram descrições detalhadas. O que se sabe até agora é que o criminoso agiu sozinho, tinha entre 30 e 35 anos, estatura média e usava roupas escuras.
Os investigadores acreditam que se trata de um acerto de contas - um crime encomendado, como se diz popularmente. O que levanta questões ainda mais preocupantes sobre a segurança nos hospitais da capital goiana.
Afinal, se um homem consegue entrar impunemente em um hospital para executar um paciente, o que mais pode acontecer? A direção do hospital se pronunciou, prometendo revisar todos os protocolos de segurança, mas o estrago já estava feito.
Enquanto a polícia corre contra o tempo para prender o responsável, a família de Edson tenta entender o inexplicável. Como explicar que alguém morra não pela doença, mas pela maldade humana dentro de um local que deveria ser seu refúgio?