
O que parecia ser mais um dia comum no mercado imobiliário de Santa Catarina virou um pesadelo sem fim. Dois corretores, nomes ainda não divulgados, foram encontrados mortos em circunstâncias que beiram o absurdo — e a polícia, cá entre nós, está enxugando gelo.
Desde julho, os investigadores batem cabeça. E não é por falta de empenho, diga-se. O problema? Tecnologia. Ou melhor, a falta dela quando mais se precisa. Os dados dos celulares das vítimas, que poderiam desvendar esse mistério macabro, simplesmente não chegam.
O jogo da espera
"É como tentar montar um quebra-cabeça no escuro", desabafa um delegado que prefere não se identificar. A equipe já esgotou todas as pistas convencionais — e agora depende daqueles malditos registros digitais que teimam em não aparecer.
Enquanto isso, o clima na região está tenso. Corretores andam em grupos, clientes desconfiam de tudo, e o sindicato local já prometeu "medidas drásticas" se a situação não se resolver logo. Alguém aí lembrou de contratar seguranças particulares? Pois é.
O que se sabe até agora
- As vítimas trabalhavam juntas em um mesmo escritório
- Nenhum sinal de arrombamento ou roubo
- Últimos contatos foram via WhatsApp — justamente o que a polícia não consegue acessar
- Parentes garantem que não havia ameaças recentes
E aí vem a pergunta que não quer calar: será que alguém sabia demais? O mercado imobiliário, convenhamos, não é exatamente um mar de rosas. Grandes negócios, comissões gordas... e interesses escusos sempre à espreita.
Enquanto a tecnologia não decide cooperar, os investigadores fazem o possível com o que têm. Revisam câmeras de segurança pela centésima vez, reinterrogam testemunhas — e torcem para que os dados dos celulares cheguem antes que o caso esfrie de vez.