
Numa tarde que parecia comum no bairro de Casa Amarela, zona norte do Recife, o inesperado virou rotina. Um casal de agentes penitenciários — ele com 15 anos de serviço, ela com 8 — transformou-se em alvo de dois homens armados. Mas a história não terminou como os bandidos planejavam.
Por volta das 14h30 desta quarta (31), enquanto caminhavam para o carro após o almoço, ouviram a frase que ninguém quer escutar: "Passa tudo!". Só que esses não eram civis comuns. Tinham treinamento, sangue frio e — pasmem — armas à mão.
O confronto que mudou tudo
O mais velho dos criminosos, descrito como um homem de 1,80m com tatuagens no pescoço, não esperava pela reação. Quando apontou a arma, recebeu três tiros certeiros no peito. Seu comparsa fugiu como um rato entre os becos — e até agora não foi encontrado.
Detalhe crucial: Os policiais estavam de folga, mas portavam suas armas de serviço. "Foi instintivo", relatou o homem à delegacia, as mãos ainda tremendo. "Ele já estava engatilhando o revólver quando reagi."
O que se sabe até agora:
- O morto tinha passagem por roubo e tráfico
- Uma moto Honda CG 160 foi apreendida no local
- Testemunhas confirmam a versão dos agentes
Curiosamente, o local fica a menos de 1km da penitenciária onde o casal trabalha. Ironia do destino ou coincidência macabra? A polícia ainda investiga se havia conexão entre os bandidos e ex-detentos.
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso divide opiniões. Alguns chamam os agentes de heróis; outros questionam o uso da força. Mas uma coisa é certa: na guerra contra o crime, às vezes a linha entre vítima e algoz é mais tênue do que imaginamos.