Imagine a cena: um caminhoneiro, duas abordagens policiais e uma carga que faria qualquer loja de eletrônicos corar de inveja. Foi exatamente isso que aconteceu no Paraná, onde um motorista teimoso — ou extremamente azarado — caiu nas malhas da lei duas vezes em menos de uma semana.
A primeira vez foi na quarta-feira (16), quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou seu caminhão na BR-277, próximo a Cascavel. Dentro? Nada menos que 4.800 smartphones de última geração, avaliados em R$ 3,2 milhões. O sujeito inventou que estava transportando "apenas peças de computador", mas os fiscais não engoliram a história.
Mas aqui vem o absurdo: depois de ser liberado (sim, você leu certo), o mesmo indivíduo foi pego novamente na sexta-feira (18), desta vez na BR-369, em Toledo. Dessa vez, mais 2.700 aparelhos — somando outros R$ 1,8 milhões em mercadoria.
Operação virou caso de estudo
"É raro ver reincidência tão rápida", comenta um delegado que pediu para não ser identificado. "Ou ele é muito confiante, ou muito desesperado." As duas cargas juntas superam os R$ 5 milhões, valor que daria para comprar um apartamento de luxo ou uns 10 carros zero.
- Primeira apreensão: 4.800 celulares | R$ 3,2 milhões
- Segunda pegadinha: 2.700 unidades | R$ 1,8 milhão
- Total: 7.500 aparelhos | R$ 5 milhões
Os policiais suspeitam que os produtos vinham do Paraguai — aquela velha rota conhecida — e seriam distribuídos no mercado informal brasileiro. Sem nota fiscal, é claro. O caminhoneiro, que agora responde por contrabando e descaminho, deve estar se arrependendo amargamente de não ter mudado de rota.
E olha que a PRF anda com os olhos bem abertos: só neste ano, já apreenderam mais de 30 mil celulares irregulares na região. Mas esse caso específico chamou atenção pela cara de pau — ou seria falta de sorte mesmo?
